Na OMS, Queiroga faz apelo por liberação de vacinas contra covid-19

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo internacional nesta sexta-feira (30) para que governos que tenham doses extras de vacinas, que liberem os imunizantes para acelerar a campanha de vacinação no Brasil.

A manifestação foi feita durante conferência de imprensa com a participação da cúpula da Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante o evento, também foi feito um balanço da crise sanitária global.

“Reiteramos nosso apelo àqueles que possuem doses extras de vacinas para que possam compartilhá-las com o Brasil o quanto antes possível, de modo a nos permitir lograr avanços em nossa ampla campanha de vacinação, para conter a fase crítica da pandemia e evitar a proliferação de novas linhagens e variantes do vírus”, disse o ministro.

Sputnik V

Sobre a inclusão da vacina russa, Sputnik V, na campanha de imunização do país, Queiroga disse que isso depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), agência reconhecida internacionalmente. Nesta semana, a agência negou a importação da vacina russa. “O Brasil tem um marco regulatório estabelecido. A Anvisa tem autonomia e os diretores são técnicos e têm capacidade de resistir às pressões políticos, que são normais”, avaliou.

O ministro lembrou que o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o colega russo Vladimir Putin para falar sobre o imunizante. “Assim que Anvisa aprovar, vai ser incluído” [no programa nacional de imunizações], afirmou.

OMS

Durante o evento, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que a atenção do mundo todo está voltada para a escalada da covid-19 na Índia, mas que outros países estão vivendo transmissão intensa, como o Brasil, um dos mais afetados pela pandemia.

Nesse sentido, Adhanom  citou que o Brasil atingiu a marca de 400 mil mortos e destacou que, desde novembro, o país tem crise aguda, incluindo casos, hospitalizações e morte entre jovens. “Os casos agora diminuíram por quatro semanas seguidas, entre hospitalizações e mortes. São boas notícias, esperamos que continuem. Mas a pandemia nos ensinou que nenhum país pode baixar a guarda”, afirmou.

Para o diretor da OMS, o Brasil foi bem nas áreas da detecção precoce da doença, telemonitoramento de casos e distribuição de vacinas, com priorização de profissionais da saúde, indígenas e idosos.

Por Redação e Agência Brasil

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