Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Por falta de testes, associação recomenda priorizar pacientes graves

Os testes para o diagnóstico da Covid-19 no Brasil podem acabar por falta de insumos, segundo alerta desta quarta-feira (12) da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed).

A Abramed diz que a procura global por mais exames, devido aos surtos da variante ômicron – altamente transmissível –, força a capacidade de produção de insumos e reagentes.

A recomendação da associação é de que os laboratórios priorizem a testagem em pacientes graves, trabalhadores da saúde e outros profissionais essenciais.

“Não é possível mensurar nesse momento até quando poderemos atender, mas há um risco real de desabastecimento”, disse em nota Wilson Shcolnik, presidente do Conselho da Abramed.

Priorização de testes
Em um comunicado, a entidade disse preparar uma nota técnica para que os laboratórios associados priorizem pacientes, segundo uma escala de gravidade, para efetuarem os testes.

Segundo a associação, os testes disponíveis devem priorizar:

  • pacientes que tenham maior gravidade de sintomas
  • pacientes hospitalizados e cirúrgicos
  • pessoas no grupo de risco
  • trabalhadores assistenciais da área da saúde
  • colaboradores de serviços essenciais

A Abramed recomenda, portanto, que pessoas sem sintomas, ou com sintomas leves – mesmo que tenham entrado em contato com infectados – que se isolem, ainda que sem testagem.

Aumento na procura
A Abbott, responsável por parte dos testes rápidos usados no Brasil, informou que desde a segunda quinzena de dezembro de 2021 houve um aumento na demanda de compra por testes rápidos de antígeno para Covid-19 no país.

Segundo a empresa, as “operações fabris estão trabalhando 24 horas, 7 dias por semana”.

“É importante reforçar que nossos testes são produzidos globalmente, sendo necessário considerar o tempo de envio dos testes ao Brasil, liberação dos produtos por parte das autoridades locais e entrega aos nossos clientes. Somente nesta semana, milhares de testes estão sendo entregues para abastecimento do mercado brasileiro”, completou a Abbott.

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