Câmara de Bauru cria comissão para apurar denúncia de hacker
A Câmara de Bauru aprovou por unanimidade nesta segunda-feira (6) a abertura de uma Comissão Temporária para acompanhar as investigações das denúncias de que o cunhado da prefeita Suéllen Rosim (PSD), Walmir Henrique Vitorelli, teria contratado um hacker para monitorar desafetos do governo.
O requerimento pela instauração da comissão foi protocolado pelo vereador Eduardo Borgo (Novo) e funciona como uma espécie de grupo de trabalho.
A comissão será responsável pela interlocução com a Polícia Civil e o Ministério Público (MP), órgãos de controle externo que investigam as denúncias de espionagem.
Compõem a comissão os vereadores Coronel Meira (União Brasil), Mané Losila (MDB), Eduardo Borgo (Novo), Estela Almagro (PT) e Chiara Ranieri (União Brasil).
A criação da comissão ocorre duas semanas após a revelação do depoimento do hacker Patrick César da Silva Brito, divulgado pelo vereador Eduardo Borgo (Novo) durante discurso na tribuna da Câmara na segunda-feira (23), de que manteve contato e chegou a ser pago para realizar uma devassa na vida privada do jornalista Nélson Itaberá e da vereadora Estela Almagro (PT).
O intuito, segundo o próprio hacker, seria “encontrar algo que desabonasse a honra do jornalista”. Ainda de acordo com o depoimento de Patrick, Walmir, ao acioná-lo, afirmou que a prefeita estaria “inconformada” com a cobertura do profissional com relação à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Fersb, que investigou irregularidades em prestações de contas na Saúde de Bauru.
Por JC