Foto: Bruno Freitas/Arquivo JC

Após morte de bauruense afogado, Defesa Civil alerta para cuidados na água

Temperaturas altas e mais dois finais de semana prolongados a caminho, o Natal e o Ano Novo voltam a gerar preocupação com relação à diversão na água, especialmente em ambientes públicos e não controlados, como represas, rios e lagoas. Na última sexta (1), um bauruense, identificado nesta terça-feira (5) como Claudio Miranda, o “Gibi”, de 50 anos, morreu afogado após mergulhar no rio Tietê em Itapuí.

Segundo o que a reportagem apurou, ele saiu do Núcleo Mary Dota, onde reside, para fazer um trabalho em Boraceia. Ao ser dispensado dos serviços naquela cidade, pegou a balsa e chegou a Itapuí, onde decidiu se banhar no rio. Testemunhas viram o momento em que ele pulou do trampolim e não retornou à superfície. O Corpo de Bombeiros foi acionado e, após algumas horas, mergulhadores localizaram o corpo da vítima. Ele ficou no Instituto Médico Legal (IML) de Jaú até esta terça, quando familiares foram ao local para reconhecê-lo e buscar o corpo para sepultamento.

O óbito reabre discussão de prevenção contra este tipo de acidente. O engenheiro da Defesa Civil de Bauru, Paulo Garbeloti, alerta para que a população, em primeiro lugar, evite áreas proibidas. “Em Bauru não temos locais públicos aptos para a população se divertir com água. Nem na lagoa e nem no Batalha. Somente temos os clubes particulares. É importante evitar e respeitar seus limites com relação ao nível da água”, comenta. Também é recomendado que se evite mergulhos, afastamento da margem, consumo de bebida alcoólica e ingestão de alimentos.

Ainda de acordo com o engenheiro, é importante ficar atento a redemoinhos, correntezas, galhos submersos e até animais aquáticos. A Defesa Civil orienta também a utilizar locais dotados de guarda-vidas e que as pessoas respeitem as regras de profundidade, mesmo as que saibam nadar.

Feriados e lagoa

Em Bauru, tudo indica que os tradicionais pontos abertos de recreação na água irão contar com público novamente. A lagoa da Quinta da Bela Olinda e o trecho do Rio Batalha que passa sob a ponte da estrada velha que liga Bauru a Piratininga são alguns dos destinos mais comuns para a população se refrescar de graça, muitas vezes acompanhado de comidas e bebidas. O Rio Tietê também atrai muita gente. Conforme o JC já noticiou, desavisados enfrentam os riscos que estas áreas sem estruturas oferecem, aguardando o dia em que políticas públicas, de fato, sejam desenvolvidas para fomentar o lazer ou até mesmo o turismo.
Uma estimativa não oficial aponta que cerca de uma centena de pessoas perderam a vida na “Lagoa da Morte”, na Quinta da Bela Olinda, ao longo das últimas décadas. De acordo com um estudo feito por uma empresa privada, divulgado pelo JC ainda em 2019, foi detectado que a lagoa possui desníveis perigosos. Em um trecho a partir da margem da represa, a profundidade varia bruscamente de 23 centímetros para 5,60 metros. Em outro ponto, o mesmo risco: oscilação de 54 centímetros para 6,72 metros. Já no ponto mais profundo, a altura da água chega a 9,91 metros.

Última morte

A última morte por afogamento na Lagoa da Quinta da Bela Olinda é recente, aconteceu em 21 de maio deste ano, quando um homem de 40 anos caminhou em direção à lagoa e submergiu, não voltando mais à superfície. Moradores da região perceberam, horas depois, que o rapaz ainda não havia voltado da lagoa. Eles acionaram as polícias Militar e Civil, que chegaram ao local e retiraram o corpo da vítima.

Por JC

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