Vírus achado em porcos na China tem elo com o H1N1
O novo subtipo do H1N1 detectado em porcos na China é consequência de um “rearranjo genético” com o vírus que causou a pandemia em 2009. Ele conseguiu passar de porcos para humanos, mas não há registro de infecção entre pessoas. Por enquanto, os cientistas monitoram a situação.
Ele é um vírus do tipo Influenza A, responsável pelas epidemias da gripe. Ele foi identificado por cientistas na China e divulgado em artigo publicado nesta segunda-feira (29) no periódico científico PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences). É um H1N1 com características genéticas do pdm/09 – o subtipo que causou a pandemia de 2009.
A nomenclatura escolhida: G4 EA H1N1. “G4” é o nome do novo genótipo, grupo de genes que faz o subtipo deste vírus.
Os cientistas estão preocupados com o fato de que ela poderia sofrer uma mutação ainda maior e se espalhar facilmente de pessoa para pessoa e desencadear assim um surto global.
Eles dizem que a cepa tem “todas as características” de ser altamente adaptável para infectar seres humanos e precisa ser monitorada de perto.
Como se trata de uma nova linhagem do vírus influenza, que causa a gripe, as pessoas podem ter pouca ou nenhuma imunidade a ela.
Ameaça pandêmica
Uma nova cepa do influenza está entre as principais ameaças que os especialistas estão monitorando, mesmo enquanto o mundo ainda tenta acabar com a atual pandemia do novo coronavírus.
A última gripe pandêmica que o mundo enfrentou, o surto de gripe suína de 2009 que começou no México, foi menos mortal do que se temia inicialmente, principalmente porque muitas pessoas mais velhas tinham alguma imunidade a ela, provavelmente por causa de sua semelhança com outros vírus da gripe que circulavam anos antes.
O vírus da gripe suína, chamado A/H1N1pdm09, agora é combatido pela vacina contra a gripe que é aplicada anualmente para garantir que as pessoas estejam protegidas.
A nova cepa de gripe identificada na China é semelhante à da gripe suína de 2009, mas com algumas mudanças.
Até o momento, não representou uma grande ameaça, mas o professor Kin-Chow Chang e colegas que o estudam dizem que devemos ficar de olho nele.