SP muda regras da quarentena após alta de 30% no n° de casos

Com a continuidade do aumento de casos e óbitos, o governo de São Paulo mudou as regras da quarentena no estado para evitar que regiões do estado avançassem para faseamentos mais flexíveis. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (08/01), pelo secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn. Houve um aumento de 30% em novos casos e de 34% em novos óbitos, além de 8% em número de novas internações.

Com as novas regras, para que regiões possam ir para a fase verde, a mais flexível do Plano SP, será necessário ter 30 internações por 100 mil habitantes e 3 óbitos pro 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Antes, o critério utilizado era de 40 internações e 5 óbitos por 100 mil habitantes.

Além disso, explica Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência, o parâmetro para a taxa de ocupação de UTI que caracteriza a fase laranja, a segunda mais rígida no Plano SP, passou 75% para 70%. No geral, os indicadores se tornaram mais rígidos, mas com isso o governo decidiu liberar mais atividades na fase laranja, como o funcionamento dos parques. No entanto, alerta, devem ser respeitadas as regras relacionadas à capacidade.

Na atualização divulgada hoje, Bauru segue na Fase Amarela do Plano. A região de Marília regrediu para a Fase Laranja.

Com a reclassificação, as únicas regiões na fase laranja, a segunda mais restritiva, são as dos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde) de Marília (62 cidades), Presidente Prudente (45 municípios), Registro (15 cidades) e Sorocaba (48 cidades). Todas as demais continuam na etapa amarela até o dia 5 de fevereiro, com possibilidade de regressão a qualquer momento caso os índices de progressão da pandemia e de capacidade de atendimento hospitalar piorem.

As restrições de atividades têm grandes mudanças nesta reclassificação, que passa a valer na próxima segunda (11). Academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros e parques estaduais passam a poder funcionar na fase laranja. Todas as atividades liberadas podem funcionar por até oito horas diárias, e não mais apenas quatro, e a capacidade de público também sobe de 20% para 40%. Porém, todos os estabelecimentos devem encerrar o atendimento presencial às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido.

A fase amarela passará a permitir 40% de ocupação presencial para todas as atividades liberadas, incluindo parques estaduais, e expediente de até dez horas diárias. O atendimento presencial terá que ser encerrado às 22h em todos os setores. Nos bares, as portas devem fechar ao público mais cedo, às 20h. Atividades não essenciais que geram aglomeração, como festas, baladas e shows continuam proibidos.

“A meta principal é evitar aglomerações e voltar a reduzir o fluxo de pessoas em horários específicos”, afirmou a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen. “O grande objetivo neste momento é reduzir a circulação do vírus. Nós precisamos reduzir aglomerações, e elas acontecem principalmente no período da noite”, acrescentou.

Critérios de saúde
Por outro lado, os novos critérios de avaliação de indicadores de internações, ocupação de leitos e mortes por COVID-19 levou o Governo do Estado a endurecer a possibilidade de progressão de qualquer região novamente à fase verde, que permite a maioria das atividades não essenciais com menos restrições de horário e público. Cada região passa a precisar alcançar 30 internações por 100 mil habitantes e três mortes por cem mil habitantes nos últimos 14 dias, além de passar 28 dias seguidos na fase amarela antes de avançar.

Os critérios de saúde na fase laranja também ficam mais rígidos. O limite máximo da taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para COVID-19 passa de 75% para 70% em cada região. Também há mudanças nos indicadores de variação para casos, mortes e internações, com parâmetros para todas as fases do Plano São Paulo. Se a ocupação de UTIs superar 80%, poderá haver recuo para a fase vermelha, com fechamento de atividades.

Mais informações sobre as alterações no Plano São Paulo e detalhes apresentados na entrevista coletiva desta sexta estão disponíveis neste link: https://issuu.com/governosp/docs/20210107_coletiva_v5.

Por Redação e G1

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