Saúde instala armadilhas para monitoramento do mosquito transmissor da dengue

A Secretaria de Saúde, por meio da Divisão de Vigilância Ambiental ligada ao Departamento de Saúde Coletiva, segue com a instalação de 528 armadilhas para monitoramento do mosquito Aedes Aegypti em Bauru.

O trabalho é realizado pelos agentes de combate às endemias que já monitoram, semanalmente e em tempo real, as 200 armadilhas instaladas desde o início do ano passado. O objetivo é fazer a implantação das armadilhas até o final do mês em todas as regiões do município.

As armadilhas Mosquitrap atraem as fêmeas grávidas do inseto através de um chamativo sintético de oviposição (para a fêmea expelir os ovos) presente no interior da armadilha. Ao entrar, a fêmea fica presa no adesivo fixado em seu interior, facilitando a posterior coleta para monitoramento.

Semanalmente, os agentes de endemias vistoriam as armadilhas instaladas em imóveis residenciais e comerciais, recolhendo os insetos capturados para enviar ao laboratório que fará o estudo genético e de identificação dos tipos dos mosquitos. A partir do resultado, o sistema gera índices de infestação, gráficos, mapas e tabelas, em tempo real, e são disponibilizadas no site do MI-Aedes para que o gestor do sistema no município acesse o material e identifique as áreas de risco, possibilitando trabalhar no desenvolvimento de ações específicas de combate ao vetor para cada bairro da cidade.

O sistema de monitoramento inteligente foi adquirido no início de 2023 e permite localizar os focos do mosquito, otimizando tempo e recursos, para realizar um mapeamento do vírus do mosquito em cada região da cidade. O trabalho possibilita antecipar os resultados da circulação viral através da identificação dos tipos da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, como também as ações de combate aos focos de infestação.

Enquanto as equipes da Vigilância Ambiental mapeiam a população de Aedes aegypti, os agentes de saúde continuam com as visitas domiciliares com prioridade para as regiões consideradas críticas. Também ocorrem trabalhos em parcerias com imobiliárias para monitoramento de imóveis fechados.

Dengue
Os sintomas mais comuns da dengue são febre alta, dor de cabeça, principalmente na região ocular, dores nas articulações, músculos e muito cansaço. Também são comuns náuseas, falta de apetite, fraqueza, dor abdominal, podendo ocorrer diarreia e vermelhidão na pele, dependendo do tipo da doença.

A dengue hemorrágica é a forma mais grave da enfermidade e pode provocar a morte se não tratada adequadamente. Ela pode se manifestar de três a cinco dias após os sintomas comuns, seguida de febre com sudorese. Também pode ocorrer dor de garganta, queda de pressão, dores no estômago e abaixo das costelas, momento em que a hemorragia ocorre em pequena quantidade. No estágio mais grave da doença, o fígado fica prejudicado e doloroso, com apresentação de cólicas abdominais intensas, podendo ocorrer hemorragia no tubo digestivo e pulmões.

A recuperação da dengue exige repouso, hidratação e orientação médica. Não é recomendado alguns tipos de remédios, como por exemplo, medicamentos à base de ácido acetil salicílico.

Por isso, tão importante a participação da população no combate ao mosquito. A maneira mais eficaz de prevenir a doença é impedir que o mosquito transmissor consiga se reproduzir e combater os criadouros. Os mosquitos do gênero Aedes possuem hábito diurno e utilizam recipientes com água limpa e parada para colocar seus ovos, onde desenvolvem suas larvas e pupas. A eliminação desses recipientes é a maneira mais eficaz de evitar sua reprodução. Manter terrenos e quintais limpos, monitorar vasos de plantas para que não acumulem água, recolher o lixo de forma adequada, manter a caixa d’água fechada, são atitudes simples e individuais que beneficiam o coletivo na prevenção e combate ao mosquito transmissor.

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