Foto: Lorena Fagundes

Poços particulares vão fornecer água para o DAE durante a crise hídrica em Bauru

A Prefeitura de Bauru divulgou nesta terça-feira (1) que poços particulares serão usados para ampliar a distribuição de água pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE). A ação será viabilizada nos próximos dias, após o diálogo com empresas, associações e entidades que possuem poços com capacidade para fornecer água ao DAE, ampliando a capacidade de distribuição neste período de escassez, até que o nível do Rio Batalha volte ao normal.

Desde 2000 o DAE tem permissão para fiscalizar poços particulares e realizar análises para o controle da qualidade da água. Atualmente, Bauru tem mais de 720 poços particulares cadastrados, a maioria captando água do aquífero Bauru. O uso de poços particulares é uma das ações que vem na esteira do reconhecimento pelo governo estadual do decreto de emergência de crise hídrica em Bauru.

O município contará com o Estado para enfrentar os efeitos da drástica redução do volume de chuvas, permitindo a ampliação de ações como distribuição de água com caminhões-pipa em regiões com falta de água, além do próprio trabalho para o desassoreamento do Rio Batalha.

A Defesa Civil do Estado de São Paulo foi acionada para enviar recursos, pessoal treinado e equipamentos para Bauru.

Entre as ações em curso estão: pontos de fornecimento de água na cidade, reforço no combate aos incêndios com a Patrulha Rural e aumento do valor da multa para quem provocar incêndios, para até R$ 100 mil.

A Prefeitura de Bauru conta com uma equipe municipal de combate às queimadas, que está de prontidão na região do Horto Florestal e foi treinada e equipada para auxiliar o Corpo de Bombeiros em caso de novos incêndios.

Nesta terça-feira (1), a prefeita Suéllen Rosim e o presidente do DAE, Renato Purini, fizeram reunião com as pastas envolvidas na Força-Tarefa de Enfrentamento à Seca Extrema, criada no último mês pelo Decreto 17.775/2024, com a participação de diversas secretarias, Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.

Saúde

O atendimento de saúde está mais sobrecarregado devido aos problemas respiratórios decorrentes da estiagem. As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) são destinadas prioritariamente ao atendimento de casos mais graves e, sempre que possível, a população deve procurar o primeiro atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Vale destacar que as UBSs do Bela Vista, Geisel e Chapadão/Mendonça funcionam com horário ampliado de segunda a sexta-feira até às 23h, e aos sábados das 8h às 18h.

A baixa umidade do ar e o aumento de partículas como areia e fuligem podem ter efeitos diretos e indiretos à saúde humana. Os sintomas mais comuns relacionados à baixa umidade são o ressecamento de mucosas que podem ocasionar complicações alérgicas e respiratórias, aumento de doenças respiratórias previamente existentes, como asma, bronquite, rinite e enfisema, sangramento pelo nariz, espirros, tosse, dificuldade para respirar. Pode ocorrer também o ressecamento da pele, irritação dos olhos, com vermelhidão, ardência, coceira e aumento das conjuntivites alérgicas.

Em dias mais secos, é preciso ficar atento, pois além do aumento dos níveis de poluentes dispersos no ar, a baixa umidade pode ter efeitos diretos e indiretos à saúde humana. Nos últimos dias, Bauru tem registrado baixíssima umidade do ar, com índices abaixo de 15%, quando o mínimo recomendável pela Organização Mundial de Saúde é de 60%.

Medidas para reduzir os impactos à saúde causados pela seca extrema:

  • Evitar exercícios físicos ao ar livre
  • Umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas e/ou recipientes com água
  • Permanecer em locais arejados e protegidos do sol
  • Hidratar-se com maior frequência
  • Usar soro fisiológico nas narinas
  • Usar solução lubrificante ocular
  • Evitar aglomerações

Por Prefeitura de Bauru

Compartilhe nas Redes Sociais