OMS diz que ‘há esperança’ em vacina contra Covid-19 até o fim do ano

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta terça-feira (06/10), que há a esperança de uma vacina contra a Covid-19 se viabilizar até o fim do ano. A declaração, que não detalhou qual dos imunizantes testados em larga escala no mundo poderia ser comprovado como seguro e eficaz para bloquear a infecção pelo coronavírus, foi feita na conclusão de um painel executivo da entidade que durou dois dias.

Aos participantes, Tedros fez menção à importância de controlar a pandemia por meio da imunizaçao:

“Nós precisamos de vacinas. E há a esperança de que tenhamos uma até o fim deste ano. Há esperança”, disse Tedros.

O diretor-geral da OMS fez um apelo às lideranças mundiais para viabilizar uma imunização global.

“Especialmente no caso das vacinas e outros produtos que estão em desenvolvimento, a ferramenta mais importante é o comprometimento político de nossos líderes mundiais, principalmente para a distribuição igualitaria das vacinas. Nós precisamos uns dos outros, de solidariedade. Usaremos toda a energia que temos para combater o coronavírus”, afirmou o diretor.

Nove vacinas experimentais integram a iniciativa Covax, coalizão coordenada pela OMS que visa acelerar o desenvolvimento de imunizantes candidatos contra a Covid-19 e garantir sua universalização. A aliança projeta distribuir 2 bilhões de doses até o fim do próximo ano.

O Brasil formalizou no fim de setembro sua adesão à Covax. Ao todo, vacinas de quatro laboratórios são testadas em larga no país: AstraZeneca (em parceria com a Universidade de Oxford, do Reino Unido), Sinovac Biotech (China), Pfizer/BioNTech (EUA/Alemanha) e Johnson & Johnson (EUA/Bélgica).

Desafios
A declaração de Tedros, no entanto, não faz referência direta à distribuição de uma vacina até dezembro de 2020. A entidade vem alertando sistematicamente para os desafios logísticos de uma estratégia global de vacinação. No fim de julho, o diretor do programa de emergências em saúde da OMS, Mike Ryan, descartou que o processo de imunização começasse antes de janeiro.

Por O Globo/G1

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