Novos leitos dependem de reforma nas unidades de saúde, diz secretária

Passados exatos 12 meses desde que anunciou uma verdadeira reforma na Saúde de Bauru, a secretária Giulia Puttomatti, titular da pasta, afirma que ainda precisa resolver outras pendências antes de colocar o plano revelado um ano atrás em prática. A principal delas está na adequação dos imóveis em que se situam as unidades de saúde do município.

A proposta apresentada por Puttomatti no ano passado prevê transformar o antigo Posto Avançado Covid-19 (PAC) na chamada Unidade de Referência Bauru (URB), espaço com sete leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), outros dois de estabilização, além de 10 leitos de retaguarda ortopédica.

Já com relação ao Pronto Socorro Central (PSC), por sua vez, a secretária disse na época que a intenção da pasta era criar entre 20 a 30 leitos de enfermaria “para atender a demandas referenciadas das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e encaminhamentos de urgências ou cirurgias para os hospitais do Estado”.

Nada disso saiu do papel até o momento. Segundo Puttomatti, o desafio para implementar todas essas mudanças está na infraestrutura.

Em audiência pública de prestação de contas realizada na tarde desta terça-feira (28), a secretária afirmou que o primeiro passo é adequar os prédios e que, no caso do PS Central, a licitação para adequação do espaço já está em fase avançada.

O problema, lembrou a vereadora Estela Almagro (PT) na audiência desta terça, é que a reforma no PS vem no âmbito de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Trabalho (MPT). A medida decorre do fato de que havia inadequações no local, o que contraria as normas de segurança do trabalho.

Puttomatti, porém, diz que as duas coisas podem caminhar juntas. “Temos hoje uma má divisão dos espaços. À medida que a gente cumpre as previsões estabelecidas, e que precisam ser cumpridas, para a melhoria da ergonomia e da segurança do trabalho, conseguiremos um ambiente mais fluido”, afirma a secretária.

A secretária admitiu que houve atraso na licitação para adequar o PS Central, mas justifica o problema sob o argumento de que o edital precisou ser refeito pela alteração na Lei de Licitações – a versão atualizada da norma entrou definitivamente em vigor em 2024.

Finalizada a reforma, o próximo passo é solicitar junto ao Ministério da Saúde o credenciamento dos leitos anunciados pela Saúde.

No ano passado, quando questionada pelo JC sobre se haveria tempo para implementar a reforma por completo, Puttomatti disse que a pergunta era “catastrofista”.

Por JCNET

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