Ministros anunciam escola pública com o modelo cívico-militar em Bauru
Em visita a Bauru nesta segunda-feira (15/02), os ministros da Educação, Milton Ribeiro, e da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, anunciaram, no Palácio das Cerejeiras, que a cidade foi escolhida para abrigar um novo modelo de escola pública: a cívico-militar. A unidade terá aporte do governo federal e integra parte de um programa nacional do Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Ministério da Defesa.
Bauru havia se inscrito no programa e foi selecionada entre mais de 200 municípios. A expectativa da prefeita Suéllen Rosim é de que o projeto comece a sair do papel até o fim deste ano.
Ainda não há informações sobre o local em que o colégio público será instalado e nem sobre o número de alunos e profissionais que ele possuirá. Estes detalhes ainda serão costurados entre o município e o MEC. A intenção da prefeitura, contudo, é de que a unidade contemple os ensinos fundamental e médio.
O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares é uma iniciativa que apresenta um conceito de gestão nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa, com a participação do corpo docente da escola e apoio de militares. “Escola cívico-militar não é escola militar ou que visa militarização. Nem professores e nem diretores são militares. Eventualmente, podemos ter um militar dando aulas, se ele tiver a capacitação pedagógica”, afirma Milton Ribeiro.
Ele explica que o Ministério da Defesa promove a seleção de militares reformados na região e, através de verba que o MEC transfere, esses profissionais são selecionados para integrarem a assessoria e monitoria da escola. “Só pelo fato de se ter uma estrutura um pouco mais ligada à disciplina, o resultado se mostra interessante. Goiás, por exemplo, que hoje é o Estado com maior número de escolas cívico-militar, é um dos primeiros, senão o primeiro, na avaliação do Ideb”, observa Ribeiro.
“Todos os países do mundo que são desenvolvidos apostaram no tripé Educação, Ciência e Tecnologia”, reforçou Marcos Pontes. Até 2023, o MEC almeja implantar até 216 escolas cívico-militares em todo o País.
O investimento federal exato na cidade não foi informado. Ribeiro apenas avaliou que, para cada 1 mil alunos matriculados, a média de contratação é entre 16 e 18 monitores e pessoas da gestão administrativa, o que geraria custeio de até R$ 800 mil por ano. “Fomos presenteados. E, sem dúvida, serviremos de modelo para o Brasil. Não é o militarismo em si, mas a educação é o que importa. O futuro das nossas crianças é o que interessa. Tudo que é investimento em educação é um presente do céu”, comemora Suéllen.
Confira a coletiva:
Por Redação/JCNet