Governador de SP diz que trechos da Rio-Santos podem não existir mais

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta segunda-feira (20) que ainda não é possível saber o que sobrou da rodovia Rio-Santos após as fortes chuvas que atingiram o Litoral Norte. Segundo ele, alguns trechos podem não existir mais.

Tarcísio sobrevoou as áreas devastadas em São Sebastião nesta manhã. Segundo o governador, foram identificados 10 pontos de bloqueios na rodovia Rio-Santos.

“A gente contabilizou mais de 10 pontos de bloqueio, alguns de grande extensão, em alguns pontos a gente não sabe exatamente o que sobrou da rodovia, porque é um volume de terra tão grande que se deslocou em uma extensão tão grande que a gente até levanta a hipótese da rodovia ter sido arrastada junto, da rodovia não existir mais”, afirmou em coletiva de imprensa no início da tarde.

Encontro com Lula
Nesta segunda, Tarcísio se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também sobrevoou a região atingida por tempestades.

Lula defendeu uma ação conjunta para enfrentar a tragédia, e falou em construir casas em “terrenos seguros” para famílias da região.

Tragédia
As tempestades provocaram alagamentos, deslizamentos e também interditaram trechos da Rio-Santos, Mogi-Bertioga e Tamoios. Trechos do litoral, como Juquehy e Barra do Sahy, estão inacessíveis. A tragédia já deixou 36 mortos e 40 pessoas estão desaparecidas.

A Mogi-Bertioga segue sem previsão de liberação. O asfalto cedeu na altura do KM 82, no trecho de Biritiba-Mirim, e uma cratera se abriu na pista devido ao rompimento de uma tubulação.

A orientação é de que os motoristas evitem ir ao litoral. Se necessário, as rotas alternativas são a rodovia dos Tamoios, Oswaldo Cruz e Imigrantes. A Oswaldo Cruz ainda tem interdição parcial na altura do KM 58, em Natividade da Serra.

Segundo a Defesa Civil, o volume de chuva entre sábado e domingo superou o esperado para todo o mês de fevereiro em três das quatro cidades do Litoral Norte (São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba).

Por Redação/G1

Compartilhe nas Redes Sociais