Foto: Douglas Willian

Operação prende filha de Claudia Lobo e outras 8 pessoas suspeitas de desvios da Apae

A Polícia Civil, por meio do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), prendeu em uma operação realizada na manhã desta terça-feira (3) nove pessoas no âmbito das investigações relativas ao caso Claudia Lobo. Entre os detidos estão a filha, Letícia Lobo, o ex-marido e pai de Letícia, e a irmã da secretaria-executiva Claudia Lobo, assim com funcionários e ex-funcionários da Apae, incluindo o ex-presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho, preso desde o dia 15 de agosto.

Foram cumpridos 9 mandados de prisão e de 18 de busca e apreensão no inquérito que investiga desvios da Apae, informou o delegado Glaucio Stocco, titular do Seccold. Entre as apreensões estão jóias, equipamentos eletrônicos, carros e documentos que teriam sido obtidos via desvios da Apae.

O delegado destacou a existência de uma organização criminosa instalada na Apae, com divisão de tarefas e envolvimento de empresários. Em entrevista concedida ao programa Cidade 360º, parceria entre a 96FM Bauru e o JCNET, Stocco explica que indícios da prática de desvios permitiram a apresentação ao poder judiciário, que concedeu as prisões temporárias visando o prosseguimento das investigações. Os presos são investigados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

“A situação começou com o desaparecimento da Claudia Lobo e a motivação foi apurada durante as investigações do homicídio e ocultação do cadáver dela. O motivo do crime teria sido desvio de valores da Apae. Essa investigação veio para o Seccold, a gente desenvolveu o trabalho de investigação e hoje cumprimos 9 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca, justamente com o objetivo de angariar mais elementos de prova à respeito desses desvios”, disse o titular da Seccold.

Segundo o delegado, ainda são aguardados resultados de análise de sigilos bancários e fiscais. Stocco ainda não fala em valores, mas segundo ele, a análise preliminar permitiu verificar que houve desvio de grandes quantias da entidade.

O caso segue sob sigilo, mas uma entrevista coletiva deve ser concedida nesta quarta-feira (4).

Por Redação/JCNET

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