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Dia do AVC: CBF e USP promovem campanha sobre como proceder diante dos sinais

É difícil encontrar um torcedor que não se lembre de uma vitória para lá de emocionante do time do coração conquistada nos acréscimos. Sabe aquele gol no finzinho do jogo que chega até a mudar a história de um campeonato? Pois é! Mas não é só no futebol que tudo pode mudar em questão de minutos. Quando se fala em Acidente Vascular Cerebral (AVC, o popular derrame), minutos mudam o jogo… e podem salvar vidas.

Tendo em vista que 29 de outubro é o Dia Mundial do AVC,  a Confederação Brasileira de Futebol (CBF)  e a Universidade de São Paulo (USP), por meio do curso de Medicina da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), encampam a ação “Minutos que mudam o jogo”.

“O AVC é a doença que mais mata no Brasil e uma das doenças que mais mata no mundo. Nosso objetivo com essa campanha é, além de falar do AVC, destacar que esta doença é uma emergência com uma janela terapêutica pequena. Ou seja, o diagnóstico imediato e o tratamento precoce podem salvar a vida de um paciente e reduzir a chance de sequelas”, detalha Julio Cesar Garcia Alencar, médico emergencista, docente da Medicina FOB/USP e um dos idealizadores da campanha.

Matheus Menão Mochetti, aluno de Medicina da FOB/USP, pesquisador na área de AVC e também idealizador da ação, aponta números que evidenciam a relevância da temática.  “Uma a cada quatro pessoas terá um AVC ao longo da vida, totalizando mais de 15 milhões de novos episódios por ano. No Brasil, são cerca de 11 óbitos por hora pela doença. Para diminuir esses números, acreditamos que o acesso à informação em saúde é a ferramenta mais poderosa que temos”.

Dessa forma, a ação “Minutos que mudam o jogo” contará com publicidade do slogan da campanha durante os jogos da 30.ª rodada do Campeonato Brasileiro (no fim de semana em que se celebra o Dia Mundial do AVC), material no site da CBF e um vídeo de serviço feito pela TV USP Bauru e divulgado em redes sociais da USP e da própria Confederação.

SIGLA ‘SAMU’

A principal meta da ação, segundo os organizadores, é divulgar de forma mais ampla possível quais são os primeiros sinais de quem está tendo um AVC e como proceder. Diante disso, entra a sigla ‘Samu’ para ajudar a população nesse reconhecimento:

– S de Sorria: peça para a pessoa sorrir e observe se a boca está torta;
– A de Abraço: peça um abraço e veja se a pessoa consegue levantar os dois braços;
– M de Música: peça para a pessoa dizer uma frase ou cantar e repare se há dificuldade na fala;
– U de Urgência: se notar um ou mais desses sinais, acione o Samu pelo telefone 192 o mais rápido possível.

‘GOL DE PLACA’

Sabendo da importância de reconhecer esses sinais e em como minutos podem ser valiosos, Matheus Mochetti reforça que a ideia da campanha é mesmo marcar essa relação da doença com o futebol. “No AVC, enquanto o tratamento não é iniciado, são cerca de 2 milhões de neurônios que morrem a cada minuto, o que ilustra a célebre frase: ‘tempo é cérebro’. No futebol, sabemos que, muitas vezes, são os lances entre os 45 do segundo tempo e o apito final do juiz os mais decisivos da partida. Nos dois casos, a mensagem é clara: minutos mudam o jogo”.

O médico Julio Alencar complementa essa analogia em relação ao “gol de placa” que os profissionais de saúde podem fazer quando um paciente com AVC é levado de forma rápida ao serviço de saúde. “A cada medicação que injetamos e vemos a melhora imediata da pessoa é como se fosse um ‘gol de placa’. Por isso, ressaltamos a sigla ‘Samu’ e também o próprio serviço do Samu, que atende pelo telefone 192 e é quem deve ser acionado em caso de suspeita de AVC. O Samu é quem levará o paciente no tempo adequado e no lugar adequado”, conclui.

APOIOS

A campanha “Minutos que mudam o jogo” conta com apoios da TV USP Bauru (órgão da Prefeitura do Campus USP Bauru), da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), da Federação Latinoamericana de Medicina de Emergência (Flame), da Comissão de Cultura e Extensão Universitária da FOB/USP, da Liga Acadêmica de Neurologia e Neurocirurgia da Medicina (Lannusp) da FOB/USP, da Liga Acadêmica de Saúde em Afasia (Lasa) da FOB/USP e da Casa da Afasia da FOB/USP.

Por USP Bauru

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