Brasil ganhou 20 novos bilionários em 2020
O grupo de super ricos brasileiros cresceu em 2020. São 20 novos bilionários em ano de pandemia, segundo contagem da revista Forbes. De acordo com a apuração, o Brasil contabiliza em abril deste ano um total 65 indivíduos cujas fortunas ultrapassam o bilhão de dólares. No todo, o montante avaliado desse grupo corresponde a cerca de US$ 212 bilhões (R$ 1,2 tri). Valor que chegou a quase dobrar: os novos super ricos do país adicionaram 85 bilhões de dólares (R$ 477,15 bi) a essa conta.
Entre os novos integrantes da lista estão David Vélez, CEO e fundador do Nubank, Anne Marie Werninghaus, acionista da fabricante de motores WEG, assim como um grupo de herdeiros da fortuna da Magazine Luiza. O levantamento perde Joseph Safra e Aloysio de Andrade Faria, fundador do grupo Alfa, que faleceram em 2020.
A revista aponta que o economista e empresário Jorge Paulo Lemann, cofundador da 3G Capital que controla o grupo Kraft Heinz e a gigante cervejeira Ambev, segue sendo o brasileiro mais rico, com patrimônio avaliado em US$ 16,9 bilhões (R$ 94,7 bi).
Para montar a seleção, a revista considera, este ano, o local de residência, o que explica porque no levantamento do próprio site é possível encontrar apenas 11 brasileiros – parte desses empresários e herdeiros moram no exterior. É o caso do próprio Lemann, que reside na Suiça, e de Antonio Luiz Seabra, fundador da Natura, que hoje mora no Reino Unido.
O Brasil ficou em 7° colocado no ranking de países que mais adicionaram bilionários à sua população em 2020. China e Estados Unidos, países de onde vem quase metade de todos os super ricos do mundo, lideram a lista com um total de 724 e 626 deles, respectivamente. Ao mesmo tempo, o país faz parte de uma tendência global: apenas Kuwait, Angola e São Cristóvão e Neves, nação do Caribe, perderam bilionários em 2020.
Do outro lado da moeda, o Brasil também está entre os dez países que mais concentram renda, levando em conta dados da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE em 2020. O país desponta com 0,539 no índice de Gini (quando mais próximo do 1, mais desigual é uma nação).
De acordo com informações do Tribunal de Contas da União, mais de 30% da população brasileira teve de ser atendida pela primeira etapa do auxílio emergencial nos primeiros meses da pandemia – são cerca de 68 milhões, além de 57 milhões na segunda rodada do programa em setembro. 2020 também foi o ano em que o país voltou a ser assombrado pelo retorno ao Mapa da Fome, do qual saiu em 2014.
Por Redação/GQ