Foto: jcomp/Freepik

Bauru confirma caso importado de chikungunya

A Secretaria de Saúde de Bauru recebeu a confirmação de um caso de chikungunya. Trata-se de um caso importado, de um homem com histórico de deslocamento para o município de Guarujá no início de julho.

O munícipe apresentou os primeiros sintomas na segunda quinzena de julho, após o retorno da viagem. Passou por consulta médica na rede privada e o exame solicitado teve seu resultado confirmado pelo laboratório.

A Divisão de Vigilância Epidemiológica procedeu a investigação do caso. Diante da confirmação, agentes da Divisão de Vigilância Ambiental providenciam as ações necessárias para minimizar os riscos de transmissão, como a aplicação de larvicida e inseticida nos arredores do domicílio do munícipe.

O Departamento de Saúde Coletiva salienta que não há circulação do vírus causador da doença no município, que semanalmente é monitorado pelas armadilhas instaladas em todas as regiões da cidade.

Ainda segundo o painel de monitoramento das arboviroses do Ministério da Saúde, foram registrados 7.546 casos de chikungynya em todo o Estado de São Paulo, sendo oito óbitos confirmados.

ALERTA
A Secretaria de Saúde alerta a população para a atenção redobrada na prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. Mesmo com o período de inverno, a proliferação do mosquito continua. Por isso, os cuidados como limpeza de quintais, a eliminação e descarte adequado de qualquer recipiente que possa acumular água, como latas, pneus, potes e garrafas, que devem ser levados aos Ecopontos devem ser constantes. Cabe ainda aos munícipes verificar sempre os vasos de plantas, calhas, caixas d’água, ralos, e manter quintais, calçadas e terrenos limpos. As ações devem ser conjuntas, tanto da população, como do poder público, para evitar a reprodução do mosquito.

A pasta segue com ações na prevenção e combate ao vírus em todo o município. Diariamente, os agentes de combate às endemias realizam visitas domiciliares, bem como nos imóveis comerciais com orientações a população e promovendo a eliminação dos criadouros com nebulização programada em áreas com casos positivados.

Com o objetivo de intensificar o cerco ao mosquito, o município conta, desde o ano passado, com 580 armadilhas instaladas em todas as regiões da cidade. As armadilhas capturam os mosquitos, permitindo análises semanais pela Vigilância Epidemiológica e acompanhamento das regiões com maior incidência do pernilongo, como também o monitoramento dos locais onde são encontrados mosquitos contaminados com o vírus da dengue, permitindo mapear o sorotipo do vírus em circulação na cidade. Com base nos resultados, as equipes concentram os trabalhos em áreas críticas, visando tornar as ações mais eficientes e ágeis.

Em continuidade aos trabalhos, agentes de combate às endemias realizarão no próximo dia 30 de agosto mais um mutirão de limpeza, em parceria com as Secretarias das Administrações Regionais (Sear) e do Meio Ambiente (Semma). A ação acontecerá na região do Parque Vista Alegre, com caminhões percorrendo o bairro para recolhimento de todo material que possa acumular água e servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, como latas, garrafas, pneus. Podas de árvores, lixo orgânico, restos de materiais de construção e lâmpadas não serão retirados, pois esses materiais devem ser descartados adequadamente nos Ecopontos.

SINTOMAS DA CHIKUNGUNYA
Os principais sintomas da doença são febre, dores intensas nas articulações seguida de edemas, dores musculares, nas costas, de garganta, de cabeça e atrás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo, com coceira que pode ser generalizada ou localizada apenas nas palmas das mãos e pés, conjuntivite não-purulenta, náuseas e vômitos, calafrios, diarreia, como também dor abdominal.

A doença pode evoluir em três fases. A febril ou aguda apresenta sintomas com duração de cinco a 14 dias; a pós-aguda tem um curso de 15 a 90 dias e sendo considerada a fase crônica quando os sintomas persistirem por mais de 90 dias. Cabe ressaltar que em mais de 50% dos casos, a dor nas articulações pode persistir por anos, tornando-se dor crônica. Pode ocorrer transmissão vertical, quando gestantes adquirem a doença, ocasionando infecção neonatal grave.

Importante a população ficar atenta e procurar uma unidade de saúde se apresentar febre de início súbito acompanhada de dor intensa nas articulações, também de início agudo e não explicado. As gestantes devem redobrar os cuidados procedendo a aplicação de repelentes indicados para sua condição se estiverem inseridas, permanente ou transitoriamente, nas áreas com vínculo epidemiológico.

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