Após 17 dias, trânsito é liberado na rua Rodrigo Romeiro em Bauru
O tráfego de veículos na quadra 5 da rua Rodrigo Romeiro, próxima à avenida Nações Unidas, foi liberado na tarde desta quarta-feira (6) após 17 dias de interdição, problema causado após a abertura de uma cratera que engoliu dois veículos em menos de 48 horas.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura instalou base do pavimento (conhecido como salgado), permitindo a liberação do trânsito. A aplicação da capa asfáltica definitiva será feita nos próximos dias, afirmou a administração, o que exigirá nova interdição temporária. Além do recape, também serão refeitas guias e parte da calçada, que acabou danificada.
Diretor da Secretaria de Infraestrutura, Etelvino Zacarias Martins, o Téo, destaca que o local está seguro para o trânsito e que o problema não afetou a infraestrutura dos prédios situados na Rodrigo Romeiro. Isso porque a fundação dos edifícios é bem mais profunda do que a profundidade das crateras que surgiram por um vazamento na quadra acima.
A preocupação com a infraestrutura foi apontada por Felipe Fernandes, síndico de um centro empresarial na via. Ele informou ao repórter Alexandre Colim, do programa Cidade 360°, que cogita contratar uma empresa para avaliar se o prédio teve sua estrutura danificada pelas crateras que provocaram dois acidentes.
O primeiro caso ocorreu por volta das 23h30 do dia 20 de julho, quando uma BMW 328i afundou no asfalto. No dia seguinte, uma Chevrolet Tracker também foi engolida por um buraco semelhante, na quadra 6 da mesma via.
As investigações do Departamento de Água e Esgoto (DAE) identificaram um vazamento em uma antiga tubulação de ferro fundido como a provável causa do afundamento. A rede já foi substituída por um material chamado Policloreto de Vinila (PVC) e suas variações, como Ponta-Bolsa-Anel (PBA) e PVC Defofo.
Algumas áreas, como a quadra 6 da Rodrigo Romeiro, ainda mantêm tubulação de ferro, mas a autarquia já não instala mais esse material. Segundo o DAE, sempre que possível é feita a troca por PVC. Na quadra 5 da via, a rede inteira já é do material atual, enquanto na quadra 6, onde foi encontrada a vazão, há os dois tipos.
A tubulação da via, aliás, foi alvo de um vídeo polêmico que circulou nas redes sociais. As imagens mostram funcionários do DAE retirando uma peça da tubulação do chão, aparando as arestas danificadas e reinstalando o objeto no solo.
Téo explicou que o procedimento ocorreu porque a vibração das máquinas que realizavam a manutenção acabou movimentando a tampa de um poço de visitas. Eles retiraram o objeto para prendê-lo novamente e detectaram que havia sujeira na tampa metálica. O serviço mostrado no vídeo é a limpeza da peça.
O diretor de Obras ressalta que o procedimento também é seguro e não vai gerar problemas futuros. A tampa está oculta no solo, mas futuramente a altura será ajustada segundo o DAE.
Por Jcnet
