O trecho do vídeo que mostra João sendo espancado e morto, dentro do mercado Foto: Reprodução/Redes sociais

Polícia Civil diz que investiga quem viu homicídio no Carrefour ‘passivamente’

A delegada Nadine Anflora, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, deu mais detalhes sobre a investigação do homicídio que ocorreu ontem à noite, em Porto Alegre. João Alberto Silveira Freitas, um homem negro, de 40 anos, foi agredido até a morte em um supermercado Carrefour. A delegada explicou que pediu prisão preventiva dos 2 agressores, mas também está ouvindo testemunhas que estavam no local e agiram “passivamente”.

“É importante que a população saiba que a Polícia Civil está trabalhando com outros investigados, não apenas esses 2. Tem investigações com pessoas que assistiram a tudo passivamente. Cada participação vai ser apurada de forma rigorosa e rápida”, afirmou Nadine, em entrevista à Globonews.

Nadine não quis dizer se as testemunhas vão ser acusadas criminalmente. Mas admitiu que outros crimes podem ter acontecido no local. Ela também estipulou um prazo para encerrar as investigações.

“Queremos concluir o inquérito em 10 dias, através da reinquirição, na tarde de hoje, de outras testemunhas. E então queremos levar ao Poder Judiciário um material de provas, para que esses agressores sejam punidos”, explicou Nadine.

A delegada lamentou que isso tenha ocorrido na véspera do Dia da Consciência Negra.

“Essa investigação não tem preferência a outras. Mas é importante que se tenha rápida elucidação, porque é um caso emblemático. É um caso que demonstra falta de empatia das pessoas. Tem que ficar o alerta. É muito triste ter que relatar essa agressão e essa falta de empatia na sociedade, logo no dia de hoje, Dia da Consciência Negra”, concluiu a delegada.

Os 2 suspeitos de homicídio podem ficar presos por mais de 30 anos, segundo Nadine, mas “tudo vai depender das análises de outras imagens”, segundo ela. A Polícia Civil destacou que o supermercado Carrefour vai colaborar com a investigação, cedendo imagens e informações para elucidar o caso.

Por UOL

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