Pesquisa de intenção de voto mostra empate técnico de Suéllen Rosim e Rodrigo Agostinho
Ainda sobre a pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Jornal da Cidade. Os resultados da pesquisa de intenção de voto mostram uma eleição ainda em aberto e devem preocupar a prefeita Suéllen Rosim (PSD), que aparece com 22,5% de preferência entre os eleitores e rejeição de 21%, diz o diretor do Instituto Ágili, Júlio Depieri Sanches.
“Percebemos que a prefeita está num limite. Os 51% de aprovação indicam um governo mediano. Há cidades do mesmo porte de Bauru em que o prefeito tem 65% de aprovação, de acordo com as pesquisas que temos feito. A Suéllen Rosim vive uma situação mais complicada”, afirma Júlio.
O “pico” a que Júlio se refere decorre principalmente da comparação entre a pesquisa de intenção de votos espontânea – quando o entrevistado não tem os nomes à mesa – e a estimulada, quando são apresentadas opções pelo entrevistador.
Na espontânea, Suéllen aparece com 18% e na estimulada, quando o entrevistado recebe uma lista de pré-candidatos, o índice sobe para 22,5%. “Temos uma diferença de 4,5%. Isso é bastante baixo”, diz Júlio.
O ponto mais sensível, segundo o presidente do instituto, está no fato de que a prefeita atinge essa avaliação mesmo com a máquina administrativa nas mãos. “Eu não sei como ela pegou o governo, e não podemos culpar um único mandato, mas o fato é que a gestão ainda não entregou medidas que se revertem em votos”, destaca. “Politicamente ela corre risco”.
O baixo percentual nas intenções de voto, ressalta Júlio, não significa o fim do mundo. “Claro que é possível reverter isso. A eleição acontece só no ano que vem, afinal”. O mesmo vale à oposição. O presidente do Ágili diz que uma eventual fragmentação de candidaturas do campo contrário ao governo poderia favorecer Suéllen. “Se houver quatro ou cinco candidatos, óbvio que a prefeita deve sobressair”, diz.
SUÉLLEN LIDERA EM EMPATE TÉCNICO COM RODRIGO E RAUL SAI EM 3.º, DIZ PESQUISA
Levantamento encomendado pelo JC ao Instituto Ágili mostra que atual prefeita pode enfrentar dificuldades no ano que vem.
Se a eleição fosse hoje, a prefeita Suéllen Rosim (PSD) empataria tecnicamente com o ex-prefeito de Bauru e atual presidente do Ibama Rodrigo Agostinho (PSB).
A pesquisa do Instituto Ágili, cuja margem de erro é 4,9%, mostra a atual mandatária com 22,5% das intenções de voto entre os eleitores de 16 anos ou mais contra 20% registrados por Rodrigo.
Os dados mostram que, apesar da máquina administrativa nas mãos e da popularidade digital de Suéllen, a prefeita ainda enfrenta dificuldades para consolidar sua imagem enquanto pré-candidata à reeleição.
A pesquisa também é um sinal de que, embora tenha perdido a reeleição para deputado federal no ano passado e grande parte dos votos ao parlamento em Bauru, Rodrigo Agostinho ainda desponta como um nome forte quando o assunto é a Prefeitura Municipal.
O levantamento do Ágili mostra ainda que o ex-deputado estadual e ex-vereador Raul Gonçalves Paula, o Dr. Raul (Podemos), possui 15% das intenções de voto.
O médico, a considerar uma variação positiva na margem de erro, não se distancia muito do percentual de Suéllen e Rodrigo. Mas Raul, que perdeu o segundo turno justamente para Suéllen, tem de avaliar a possibilidade de que a variação pode também ser negativa.
A pesquisa aponta na sequência para o vereador Coronel Meira (União Brasil). O ex-comandante da Polícia Militar de São Paulo aparece com 7% das intenções de voto.
O ex-deputado Pedro Tobias (PSB), sondado por interlocutores da política local para se candidatar, tem 4% dos votos segundo a pesquisa Ágili. Jorge Moura, candidato petista em 2020, registra 2,75% das intenções. O mesmo índice possui o deputado federal Capitão Augusto (PL).
Rodrigo Mandaliti, presidente do MDB de Bauru, tem 2,5%. Marcos Bilancieri, coordenador regional do Republicanos, e Carlos Braga, ex-deputado, registraram 0,25%.
Na pesquisa espontânea, quando não são apresentadas opções aos entrevistados, Suéllen lidera com 18,75% dos votos. Em seguida vem Rodrigo Agostinho, com 3,25%, e Dr. Raul, com 3% das intenções de voto dos bauruenses.
Já na estimulada, com nomes à mesa, Suéllen sobe para 22,5%, empatada tecnicamente com Rodrigo, que registra 20%.
REJEIÇÃO
O nome Suéllen Rosim é hoje o mais rejeitado pelos eleitores de 16 anos ou mais em Bauru. Não optariam pela atual prefeita 21,25% da população apta a votar, diz a pesquisa Ágili.
Ela é seguida pelo ex-prefeito Rodrigo Agostinho, que soma 14,5% de rejeição. Na terceira posição vem Dr. Raul, com 7,25%.
Na comparação com os demais pré-candidatos, Suéllen tem o maior percentual negativo entre os jovens de 16 a 24 anos, dos quais 22,92% não votariam na mandatária. Rodrigo, por sua vez, soma 4,17% de rejeição no mesmo grupo, e Raul, 8,33%.
Ao mesmo tempo, a prefeita tem o melhor desempenho nas intenções de voto entre homens e mulheres de 35 a 44 anos, faixa etária na qual obtém 28,28% de preferência segundo a pesquisa. Os demais, enquanto isso, têm menos de 20% neste mesmo público – Rodrigo pontua 14,14%, e Raul, 16,16%.
TABULEIRO
Enquanto o cenário eleitoral começa a se desenhar, a pesquisa mostra que o deputado Capitão Augusto, vice-presidente nacional do PL de Jair Bolsonaro, ainda não conseguiu densidade eleitoral suficiente para uma candidatura a prefeito.
Isso reforça a expectativa de que a legenda, que aposta num candidato próprio, deva abrigar um outro possível nome para emplacar na disputa. Como já noticiou o JC, há diálogos recentes entre membros do PL local e o médico Dr. Raul.
Outro fator a ser considerado é a recente articulação da centro-esquerda bauruense em torno de uma possível chapa única para a prefeitura. Existe a avaliação entre os integrantes dessa ala de que a fragmentação de candidatos favorece o governo na disputa.
Por Jornal da Cidade