‘Vamos Conversar’: CVV convida as pessoas a iniciarem conversas empáticas

Não é preciso reforçar o quanto os anos de 2020 e 2021 foram desafiadores em todos os sentidos e trouxeram à tona a necessidade humana do contato, da conversa pessoal e da troca de emoções. Na sequência da campanha “Criando esperança por meio da ação” promovida no Setembro Amarelo, o CVV lança no final deste ano a campanha publicitária “Vamos conversar” para estimular as pessoas a ganharem confiança para iniciar conversas com alguém que possa estar precisando de ajuda, sejam desconhecidos, ou mesmo conhecidos com os quais não tenham intimidade.

“Queremos incentivar as pessoas a exercitarem o olhar e perceberem quem parece triste, aborrecido, com olhar perdido ou distante. Pode ser alguém ao seu lado no ônibus, na estação do metrô ou na fila do banco, por exemplo,” afirma Renato Caetano, voluntário do CVV.

Ele ressalta que a timidez e o receio de se iniciar uma conversa costuma dificultar esse tipo de abordagem quando não há intimidade suficiente, mas há ocasiões nas quais um diálogo aparentemente desinteressado pode fazer a diferença no dia ou na vida de alguém. “Esse tipo de atitude ajuda na construção de uma rede de apoio emocional, tirar pessoas da letargia, do pessimismo e de eventuais pensamentos suicidas”, complementa.

A abordagem dessa conversa não precisa ser invasiva ou cheia de conselhos, mas, sim, cordial, simpática e empática. O mais importante nem é o tempo em que se conversa, mas a sinceridade e a quebra do silêncio que mostra que há pessoas preocupadas conosco ao nosso lado.

Conversa empática e o modelo CVV
Esse modelo de conversa empática e sem aconselhamento é muito próximo ao modo de conversar utilizado com sucesso pelo CVV há quase seis décadas. Atualmente cerca de 4 mil voluntários realizam mais de 3 milhões de atendimentos ao ano, incluindo finais de semana e feriados.

Desde o início do distanciamento social ocasionado pela pandemia de Covid-19, os voluntários do CVV passaram a atender somente de forma remota pelo telefone 188, chat e e-mail. Atendimentos e cursos presenciais, bem como outras ações que exigem a proximidade física, foram suspensas. No final de novembro, os voluntários foram autorizados a analisar, caso a caso, a segurança de retornarem às atividades presenciais em seus municípios.

“Não medimos esforços para colocar todos os voluntários em atendimentos remotos em poucos dias para lhes garantir segurança e continuar oferecendo apoio emocional às pessoas que nos procuram. Vamos voltar ao presencial contando com o bom senso e atenção de nossos voluntários,” complementa Renato.

Sobre o CVV
O CVV presta serviço voluntário e gratuito de prevenção do suicídio e apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de 3 milhões de atendimentos de 2020 foram realizados por cerca de 4 mil voluntários em mais de 120 postos de atendimento pelo telefone 188 (sem custo de ligação), ou pelo site www.cvv.org.br, via chat e e-mail [email protected] , além de carta.

A entidade realiza também ações presenciais (temporariamente suspensas devido à pandemia), como palestras, Curso de Escutatória e grupos de apoio a sobreviventes do suicídio – GASS (www.cvv.org.br/cvv-comunidade). O CVV é uma entidade financeira e administrativamente independente, mantendo-se por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas – para colaborar, acesse www.cvv.org.br/colabore.

Sobre o suicídio
O suicídio, de acordo com dados do Ministério da Saúde, é um problema de saúde pública que mata pelo menos um brasileiro a cada 45 minutos, mais do que o HIV e muitos tipos de câncer. O movimento Setembro Amarelo, iniciativa brasileira para ampliar o impacto do dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, foi iniciado em 2015 para sensibilizar e conscientizar a população sobre a questão. Para saber mais, acesse www.setembroamarelo.org.br

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