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Caso Bulhões: Unesp Bauru demite professor suspeito de assédio sexual

Foi publicada no Diário Oficial de São Paulo desta quinta-feira (18) a pena de demissão ao professor Marcelo Magalhães Bulhões, suspeito de assédio sexual contra alunas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde assumia o cargo de Professor Assistente Doutor, efetivo, no Departamento de Ciências Humanas da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação do Câmpus de Bauru.

As denúncias de assédio e importunação sexual contra Marcelo Bulhões vieram à tona em 2022, quando a Universidade foi palco de manifestação e protesto que pedia a exoneração do docente. Diversas estudantes relataram ter sido abordadas pelo professor em redes sociais, e-mails e aplicativos de mensagens.

A Portaria divulgada nesta quarta-feira (18) aplica ao docente a pena disciplinar de demissão, prevista no inciso IV do artigo 251 da Lei Estadual 10.261, de 1968. O motivo apontado no texto é o descumprimento dos deveres dos funcionários de “estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam respeito às suas funções” e “proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública”, como regem os incisos XIII e XIV do artigo 241 mesma lei.

Em julho de 2022, foi exposto no câmpus da Unesp em Bauru um banner de uma suporta conversa que mostrava mensagens de teor sexual enviadas pelo professor a alunas. Segundo o relato das estudantes, Bulhões dizia que estava interessado em ter relações sexuais com elas. “A verdade é que o nosso desejo não passa”, teria dito ele em uma das mensagens enviadas.

Três alunas do curso de relações públicas, que não foram identificadas, registraram boletim de ocorrência por importunação sexual na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) contra o docente. Elas alegaram que, em sala de aula, o professor costumava fazer comentários com conotação sexual que causavam “medo”, “desconforto” e “insegurança”. Em relação à investigação, a DDM informou que um inquérito policial foi aberto para investigar o caso.

Na época, Marcelo Bulhões negou todas as acusações e afirmou que estava sendo vítima de calúnia. Até o momento, a defesa de Bulhões não se manifestou.

Desde as manifestações em 2022, o professor da FAAC foi afastado das atividades na Universidade. A Unesp apurou internamente as denúncias de assédio sexual e, em janeiro de 2023, a sindicância interna foi concluída com a abertura do processo administrativo, já que fora encontrada ‘materialidade’ nas denúncias investigadas.

Em 2017, uma sindicância também havia investigado o professor Marcelo Bulhões pelo mesmo motivo. O processo foi arquivado em 2018 e, na época, o professor foi afastado do curso de Jornalismo e realocado no curso de Relações Públicas.

Por Redação, com informações do Jornal da Cidade, UOL e G1

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