Uma criança ou jovem sofre abuso sexual a cada dois dias em Bauru
Reportagem divulgada pelo Jornal da Cidade, mostra que os dados do Sistema de Registro Mensal de Atendimentos da Secretaria Municipal de Bem-Estar Social apontam que 44 crianças ou adolescentes sofreram abuso sexual entre janeiro e março de 2023, em Bauru.
Em média, isso equivale a uma vítima a cada dois dias na cidade. Além disso, o município também registrou, neste mesmo período, dois casos de exploração sexual de pessoas com menos de 18 anos.
Os números, considerados preocupantes pela pasta, chamam ainda mais atenção neste mês de Maio Laranja, quando as ações de combate a estes crimes são intensificadas por conta do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, promovido nesta quinta-feira (18).
O levantamento mostra ainda que, entre janeiro de 2018 e março de 2023, foram 1.261 registros de abuso sexual e 68 de exploração, envolvendo pessoas de 0 a 17 anos na cidade. A maioria das vítimas, em ambos os casos, é do sexo feminino.
Visando intensificar as ações de combate a esse crime, foi criado o Maio Laranja, que promove a sensibilização da população em geral e das próprias crianças e adolescentes, para que consigam identificar as situações de perigo e peçam ajuda.
A campanha também reforça a importância das denúncias aos órgãos competentes, seja no Disque 100, no Conselho Tutelar ou diretamente nas Polícias Militar ou Civil.
Os crimes
São entendidos como abuso sexual os atos de violação em que não há consentimento da outra parte, e pode ter contato ou não. Por exemplo, se uma pessoa pede para uma criança ou adolescente tirar a roupa e tocar suas próprias partes íntimas em sua frente, é considerado abuso, mesmo sem toque. O estupro é o tipo mais grave de abuso sexual, caracterizado pelo uso de violência física ou psicológica pelo agressor, para forçar a vítima a satisfazer o seu prazer.
Já exploração sexual é quando o autor obtém algum tipo de vantagem, seja em dinheiro ou não, por meio da exposição sexual da criança ou adolescente, podendo envolver tráfico, pornografia, prostituição e exploração sexual no turismo.
Por Jornal da Cidade