Suéllen Rosim fala em ‘operação de guerra’ contra furtos em escolas

A prefeita Suéllen Rosim (PSD) afirmou que irá criar uma “operação de guerra” para enfrentar a escalada de ocorrências de furto e vandalismo nas escolas municipais de Bauru. A definição ocorre após três unidades serem invadidas entre sexta-feira (14) e domingo, sendo a última delas a Emei Catharina Paulucci Silva, da Vila São Paulo, que teve as aulas suspensas nesta segunda-feira para passar por reparos e limpeza, conforme noticiado pelo JCNET.

As estratégias para atacar o problema serão discutidas em reunião agendada para esta quarta-feira (19), da qual participarão representantes das polícias Civil e Militar, Secretaria de Educação e serviço de vigilância patrimonial da prefeitura. Somente neste ano, cerca de 20 escolas foram furtadas por criminosos em Bauru, ante a três no mesmo período de 2024.

“É um número discrepante e me causa estranheza. Não sei se é uma quadrilha especializada ou um grupo que passa pela cidade e, depois, vai para outra, mas parece ser algo arquitetado para prejudicar o ano letivo dos alunos, porque, além dos furtos de fios, há casos em que a escola é depredada”, observa Suéllen.

Segundo a chefe do Executivo, serão três frentes de atuação, além da criação de uma nova lei com punições mais severas para crimes de receptação, visando coibir a comercialização clandestina de cobre, um dos itens mais valorizados por ferros-velhos. “Estamos estudando a melhor forma, mas estes estabelecimentos precisarão demonstrar a origem lícita destes materiais, visto que, se não têm este registro, podem ser produto de furto”, pondera.

PATRULHAMENTO

De acordo com Suéllen, o município possui condições de pagar até 25 agentes por dia e irá adquirir duas viaturas especificamente para este trabalho. “O convênio será intensificado principalmente em bairros da região Norte, onde está concentrado o maior número de ocorrências nas escolas. Mas, antecipadamente, conversamos com a Polícia Militar, que destacou ao menos quatro viaturas para reforçar o patrulhamento nesta região”, frisa.

Já no dia 11, a prefeitura reabriu a licitação para implantar o videomonitoramento dos prédios públicos municipais. Um primeiro edital com o mesmo objeto havia sido aberto em dezembro de 2024, mas foi suspenso em janeiro diante de quatro pedidos de impugnação devido a problemas no certame.

Três deles foram considerados improcedentes pela administração e um, parcialmente procedente. O novo edital prevê que a empresa de vigilância a ser contratada deverá instalar, locar e realizar a manutenção do sistema eletrônico em 223 prédios da prefeitura. O contrato terá duração de 30 meses.

“Serão 4 mil câmeras monitoradas por uma central 24 horas por dia. A expectativa, se o fluxo da licitação for normal, é assinar o contrato no mês que vem e implantar o videomonitoramento neste primeiro semestre, iniciando pelas escolas”, afirma.

A terceira frente será a criação de uma guarda municipal focada na proteção do patrimônio público, projeto, contudo, que a prefeita considera de longo prazo e demandaria remanejamento orçamentário para eventual contratação via concurso público ainda neste ano. Com as medidas anunciadas, Suéllen informou ser financeiramente inviável a ampliação do número de vigilantes no quadro de funcionários da prefeitura – são 82 atualmente – ou a contratação de empresa para prestação deste serviço.

Por JCNET

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