Sociedade Brasileira de Imunologia pede vacinação em massa contra Covid-19

A Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) divulgou nota afirmando que todos os esforços devem ser concentrados na conscientização e na vacinação em massa, para proteger a população contra a Covid-19.

Segundo a SBI, para ter a “imunidade de rebanho”, é necessário vacinar o máximo possível de pessoas. ” 50% é um número considerado mínimo na população, pois reduziria o risco de doença em 50% se vacinássemos 100% das pessoas, lembrando que não sabemos atualmente o real risco – só saberemos quando tivermos testagem ampla”, afirma.

Butantan e Fiocruz são equivalentes
A Sociedade Brasileira de Imunoloiga (SBI) afirmou, em nota, que os “números totais” da vacina Oxford/AstraZeneca/Fiocruz e os da Coronavac/Butantan, “são muito semelhantes”. No texto, a entidade ressaltou que a diferença no grau de eficácia de cada vacina está relacionda aos critérios adotados para definir presença da doença e escolha dos voluntários.

“O que o estudo do Instituto Butantan nos diz é que houve redução em 50% de qualquer sintoma na população de profissionais da saúde; e a da Oxford, 62% em toda a população”, frisou a nota.

A SBI citou que não existe uma padronização mundial para estudos de vacina na fase 3, o que explica a diferença em critérios utilizados para o relato de contaminação de pessoas testadas.

No caso da vacina da AstraZeneca, foi considerada a ocorrência de um sintoma leve (como febre, dor no corpo, perda de olfato ou paladar) ou um grave, a falta de ar.

Já o Butantan, além desses sintomas, levou em conta outros, “não incluídos por outros estudos”, como náusea, vômito e diarréia: “Em consequência, este estudo abriu margem para detecção de mais casos por diagnóstico molecular, que nos demais estudos provavelmente não foram detectados – por não serem considerados sintomáticos”, conclui.

A nota citou que laboratório Moderna usou um terceiro critério para definir a contaminação: a detecção de dois sintomas leves ou de um grave.

A SBI destacou que a diferença entre os voluntários testados pelo Butantan e pela AstraZeneca também se refletiu na presença da doença nas pessoas que receberam placebo: “A taxa de incidência de casos da doença no grupo placebo do Instituto Butantan é praticamente o dobro do que se observa no grupo placebo da vacina Oxford, sendo que o número total de casos graves, nos dois estudos, também foi comparável”.

Também no texto, a SBI afirma que, no momento, a busca de vacinas contra a covid-19 é voltada para o controle de sintomas e que, ao longo do tempo, “poderemos focar na busca de imunidade que proteja da infecção”.

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