Sistema de alerta de desastres começa a funcionar em novembro, afirma ministro

Nesta quinta-feira (24), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, antecipou que o Defesa Civil Alerta, novo sistema de alertas da Defesa Civil Nacional, vai começar a funcionar em novembro deste ano.

“Existe um cronograma para no dia 4 de novembro a gente reunir todos os estados brasileiros, representados por suas autoridades nesta política pública de resposta ao desastre, para nivelar o início de operações, agora por definitivo, inicialmente em todos os estados do Sul e Sudeste”

A nova tecnologia utiliza a rede de telefonia celular para emitir alertas, com aviso sonoro e vibratório, que se sobressaem a qualquer outro conteúdo em uso na tela do usuário, inclusive nos celulares em modo silencioso.

Com isso, todas as pessoas, inclusive visitantes estrangeiros, que estiverem em áreas de risco de desastres naturais como alagamentos, enxurradas, enchentes, deslizamentos de terra e vendavais, ou ações causadas pela ação humana, vão receber as mensagens sem a necessidade de cadastro prévio.

“Existe um cronograma para no dia 4 de novembro a gente reunir todos os estados brasileiros, representados por suas autoridades nesta política pública de resposta ao desastre, para nivelar o início de operações, agora por definitivo, inicialmente em todos os estados do Sul e Sudeste”, anunciou Waldez.

“Municípios eleitos inicialmente neste momento já em condições de serem certificados pelo Governo Federal com a capacidade de utilizar a tecnologia de alerta precoce, mas também com seus planos de contingência bem montados, onde as pessoas sabem exatamente o risco que correm, a cidade bem sinalizada, por onde as pessoas devem evacuar, quais são as áreas garantidas para as pessoas se protegerem”, disse.

“Está testado. O Brasil deverá ser o quinto país do mundo a utilizar um sistema tão moderno de alerta à sociedade”, assegurou o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional.

Funcionamento

O Defesa Civil Alerta vai complementar outras ferramentas de alertas de emergência que já são utilizados no país, por SMS, TV por assinatura, WhatsApp, Telegram e Google Public Alerts.

A nova iniciativa usará o Sistema de Transmissão via Telefonia Celular, denominado internacionalmente como alerta de emergência sem fio, que permite o envio de mensagens de texto para os celulares das pessoas que estejam em localidades com risco de desastres naturais.

A população não precisará realizar nenhum tipo de cadastro. O conteúdo dos alertas é de responsabilidade das Defesas Civis competentes nos municípios e nos estados em tempo real para todos os celulares conectados à rede móvel 4G ou 5G.

A mensagem de alerta aparecerá sobreposta ao conteúdo que esteja sendo acessado no celular. A depender da gravidade do alerta, também será emitido um sinal sonoro similar a uma sirene. Para o recebimento dos alertas, o celular deve estar conectado à rede móvel 4G ou 5G.

A tecnologia é inédita no Brasil e foi desenvolvida em conjunto pelos ministérios das Comunicações (MCom) e da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e em parceria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e de quatro grandes operadoras de telefonia. O Defesa Civil Alerta foi testado em 11 municípios brasileiros dos estados do Sul e Sudeste por um período de 30 dias entre agosto e setembro e utiliza informações de diversos órgãos.

“Obviamente que você alerta com a informação. Então aguçar cada vez mais o sistema de informação, de monitoramento, que é feito pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), pelo Serviço Geológico Brasileiro. São várias instituições que reúnem essas informações meteorológicas, hidrológicas, ocorrências como essas, enchentes, estiagens, e essas informações são sistematizadas através do Cenad, que é o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres”, detalha.

“Nós, na integração com os estados do Brasil, fazemos todo esse processo de seguir com o alerta. Agora com o sistema novo creio eu que a gente vai ser muito mais eficiente nessa política pública”, finalizou o ministro.

Por Gov.br

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