Servidores da Educação de Bauru podem iniciar greve já na próxima terça-feira

Servidores da rede municipal de ensino podem entrar em greve já na próxima terça-feira (6). A possibilidade foi definida durante reunião da categoria no Sindicato dos Servidores Públicos Efetivos Municipais de Bauru (Sinserm) na noite desta quinta-feira (1).

O encontro mobilizou mais de 200 integrantes do magistério do município e discutiu o Projeto de Lei (PL) que regulamenta o salário-base da categoria encaminhado à Câmara na esteira da decisão da Justiça de Bauru que obriga a prefeitura a pagar o piso deste setor.

A determinação judicial veio no âmbito de uma ação civil pública ajuizada pelo Sinserm, através do advogado José Francisco Martins, que representa a instituição.

A sentença foi assinada pelo magistrado José Renato da Silva Ribeiro, da 2.ª Vara da Fazenda Pública de Bauru, e retroage os efeitos do pagamento a janeiro de 2022. Isso significa que, além de começar a pagar o piso aos professores, o governo terá de repassar a diferença salarial não recebida pelos profissionais dos últimos 23 meses.

Uma proposta regulamentando o piso chegou a ser encaminhada pela Prefeitura de Bauru à Câmara Municipal, mas foi alvo de questionamentos do sindicato e acabou travada no Legislativo a pedido do vereador Júnior Lokadora (PP).

“Enquanto não houver diálogo com a comissão de educação a gente não vai liberar o PL”, afirmou o parlamentar na sessão que analisou o tema.

Nesta quinta, o projeto foi lido na íntegra durante a assembleia. O sindicato apresentou na sequência as alterações que julga pertinentes. Depois foi a vez dos trabalhadores contribuírem para o debate e fazerem sugestões.

A principal exigência da categoria está relacionada à garantia de que o professor tenha no mínimo um terço da jornada básica legal sem interação com o aluno – previsão da lei do piso do magistério, de 2008.

O documento com as mudanças exigidas pelo Sinserm deve ser encaminhado ao gabinete da prefeita Suéllen Rosim (PSD) nesta sexta-feira (2). O órgão afirmou em nota encaminhada à imprensa que vai aguardar um posicionamento do governo até segunda-feira (5). Se não houver resposta, prossegue a nota, a categoria inicia a greve na terça (6).

Caso a administração sinalize mudanças, porém, o sindicato diz que vai aguardar o envio do projeto substitutivo até quinta-feira (9) – se o texto não for encaminhado, a paralisação começa no dia 15.

Por JCNet

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