Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Senado instala CPI da Pandemia

O Senado instalou nesta terça-feira (27/04), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai apurar ações e omissões do governo federal e eventuais desvios de verbas federais enviadas aos estados para o enfrentamento da pandemia.

Durante a sessão, o senador Omar Aziz (PSD-AM) foi eleito presidente, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente. Em seguida, após entraves judiciais, Omar Aziz indicou Renan Calheiros (MDB-AL) relator dos trabalhos.

Com a definição dos três senadores, prevaleceu o acordo feito pela maioria dos parlamentares da CPI, que reuniu as maiores siglas (MDB, PSD), a oposição e independentes.

O primeiro encontro do colegiado foi feito de forma semipresencial, com parte dos parlamentares participando via internet. A eleição, no entanto, foi secreta, restrita aos que compareceram ao Senado. Agora que está oficialmente instalada e com o comando definido, a comissão tem autonomia para decidir se os seus próximos compromissos serão presenciais, virtuais ou mistos.

Renan Calheiros
Durante a reunião, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) derrubou a liminar concedida pela primeira instância da Justiça Federal, na noite de ontem (26), para barrar a indicação do senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator.

Na noite de ontem, o juiz Charles Renaud Frazão de Moraes, da 2ª Vara Federal Cível de Brasília, atendeu a um pedido em ação popular aberta pela deputada Carla Zambelli. Já hoje, o vice-presidente do TRF1, desembargador Francisco de Assis Betti, derrubou a liminar do juiz federal por considerá-la uma interferência indevida.

CPI da Covid terá políticos experientes, ex-governadores e ex-ministro da Saúde. São eles (em ordem alfabética):

Ciro Nogueira (PP-PI)
Presidente do PP e um dos líderes do Centrão no Congresso. Foi contrário à criação da CPI da Covid e apoia o presidente Jair Bolsonaro.

Eduardo Braga (MDB-AM)
Líder do maior partido do Senado, foi governador de Amazonas e deputado estadual por duas vezes. No governo Dilma Rousseff, foi ministro de Minas e Energia. Apesar de, em diversas votações, apoiar propostas do governo, Braga se declara independente.

Eduardo Girão (Podemos-CE)
Foi presidente do time de futebol Fortaleza Esporte Clube. Em seu primeiro mandato como senador, tem acompanhado o governo na maioria das pautas, mas se define como independente.

Humberto Costa (PT-PE)
Médico de formação, Humberto Costa foi ministro da Saúde no primeiro mandato do ex-presidente Lula. Já foi deputado estadual e federal por Pernambuco e está no segundo mandato como senador. É um dos principais críticos da condução da pandemia pelo governo Jair Bolsonaro.

Jorginho Mello (PL-SC)
Vice-líder do governo no Congresso e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, foi deputado federal e está no primeiro mandato como senador.

Marcos Rogério (DEM-RO)
Está no primeiro mandato como senador. Antes disso, foi deputado federal pelo estado de Rondônia. Líder do DEM no Senado, é próximo ao presidente Bolsonaro, mas prefere ser identificado como independente.

Omar Aziz (PSD-AM)
Foi governador do Amazonas, deputado estadual e vice-prefeito de Manaus. O parlamentar se declara independente em relação ao governo federal.

Otto Alencar (PSD-BA)
Foi deputado estadual, vice-governador e chegou a governar a Bahia no ano de 2002. Está no primeiro mandato como senador. Alencar prefere ser chamado de independente no atual cenário político.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues é o autor do pedido de criação da CPI. Está no segundo mandato no Senado e é uma das principais vozes contrárias ao governo no Congresso.

Renan Calheiros (MDB-AL)
Um dos principais nomes do MDB, Calheiros está em seu quarto mandato como senador. Foi deputado federal constituinte e também deputado estadual por Alagoas. Na gestão Fernando Henrique Cardoso, foi ministro da Justiça. É pai do atual governador alagoano, Renan Filho (MDB). Renan se declara independente em relação ao governo.

Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Governador do Ceará por três vezes, está no segundo mandato no Senado. Ele já presidiu o partido, que diz ser de oposição ao Palácio do Planalto. O senador, contudo, prefere ser chamado de independente em relação ao governo.

Por Redação com Agência Senado, G1 e Agência Brasil

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