Saúde intensifica orientações sobre o Agosto Lilás nas unidades de saúde

Em alusão a Campanha Agosto Lilás, a Secretaria de Saúde intensificou, desde o início do mês, ações em salas de espera com informações e orientações a todos os usuários da rede municipal de saúde, sobre a conscientização pelo fim da violência contra as mulheres.

Perceber uma situação de violência contra a mulher, física ou psicológica, interrompê-la e dar apoio a vítima para que os atos de violência não cheguem ao extremo, ou seja, ao feminicídio, é a principal finalidade das ações nas salas de espera das unidades de saúde do município. As equipes de enfermagem, de psicologia e do serviço social também disponibilizarão os canais de atendimento às mulheres vítimas de violência de gênero, como o ‘Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher’, com apoio as mulheres que precisam de ajuda. As vítimas de violência doméstica são encaminhadas a Casa da Mulher, onde há o Programa ‘OAB por elas’, com atendimento jurídico e amparo psicológico como fortalecimento para o enfrentamento do problema.

Para capacitar as equipes de assistência à saúde, a pasta realizou, no início do mês, o treinamento ‘Matriciamento ambulatorial de apoio a mulher em situação de violência’, que abordou o protocolo do ambulatório de apoio à mulher em situação de violência.

AGOSTO LILÁS: A COR DO HEMATOMA
Um tema, muitas vezes proibido nas rodas de conversa, que pode deixar marcas visíveis, porém com agravos invisíveis, a Campanha Agosto Lilás debate a conscientização para o fim da violência contra a mulher, no âmbito doméstico e familiar, e tem como objetivo ampliar a divulgação dos direitos das mulheres em situação de violência, além de informar sobre os serviços especializados para acolhimento, orientação e denúncia.

A campanha ‘Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada’, lançada em 7 de agosto, também aborda a Lei Maria da Penha, que completa 18 anos. A campanha faz parte de uma mobilização nacional permanente do Ministério das Mulheres, envolvendo diversos setores no compromisso de pôr fim à violência contra as mulheres, em especial aos feminicídios, a partir de diversas frentes de atuação.

A campanha também estabelece iniciativas para informar a população em como identificar a violência contra a mulher, que envolve as violências físicas, sexuais, psicológica, patrimonial e moral, bem como informar os canais para denúncia e acolhimento das vítimas.

Conforme o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.467 mulheres morreram no País vítimas de feminicídio em 2023, sendo o maior registro desde a sanção da lei que tipifica o crime, em 2015. As agressões decorrentes de violência doméstica tiveram aumento de 9,8%, e totalizaram 258.941 casos. As tentativas de feminicídio também registraram alta de 7,2%, com 2.797 vítimas, além dos registros de ameaça em 16,5%, violência psicológica em 33,8%, estupro subiu para 6.5% e perseguição com aumento de 34,5%.

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