Foto: Arquivo da Família

Saúde confirma que jovem de 23 anos morreu por dengue em Bauru

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Saúde Coletiva, confirmou nesta quarta-feira (16/04), que a operadora de telesserviços Laísa Angélica Motta Silva, 23 anos, morreu em decorrência da dengue. Trata-se do terceiro óbito pela doença registrado em Bauru em 2025.

Além dela, também perderam a vida por complicações provocadas pela dengue uma mulher de 75 anos que possuía doença autoimune, em 2 de março, e um idoso de 83 anos sem comorbidades, em 6 de março.

Segundo a pasta, há mais quatro óbitos em investigação no município, que notificou, até esta quarta-feira, 6.277 casos da doença neste ano.

De acordo com reportagem do Jornal da Cidade, sem comorbidades, Laísa manifestou os primeiros sintomas em 14 de março e morreu no dia 22 do mesmo mês. Na época, a família relatou descaso no atendimento prestado pela rede municipal de saúde à jovem. A SMS lamentou o óbito e manifestou solidariedade aos familiares e amigos da vítima.

Conforme relato da família de Laísa, a jovem era saudável, frequentadora de academia, casada e com planos de realizar o sonho de ser mãe em breve. Em 20 de março, já com o diagnóstico e tomando remédios prescritos, ela foi à UPA Bela Vista após sofrer sangramento vaginal fora do período menstrual e convulsionar.

Depois de ser medicada, recebeu alta mas, ao retornar para pegar o resultado do exame de sangue, descobriu que estava com contagem de plaquetas em 40 mil por microlitro de sangue – o nível normal é de 150 mil a 450 mil. Na unidade, ela ainda aguardaria por mais de 30 horas até a liberação de uma vaga de internação no Hospital das Clínicas (HC).

Neste período, conforme consta no prontuário da paciente, os hospitais de Base e Estadual negaram o leito sob a alegação de não serem unidades de referência para casos de dengue. De acordo com a família, entre a primeira solicitação e a transferência para o HC, na madrugada do dia 22, a jovem vomitou e, mesmo assim, durante mais de oito horas, não recebeu sequer soro para hidratação.

Laísa teve piora progressiva da capacidade respiratória, sangramento gengival, confusão mental, tontura, inchaço e dificuldade para se comunicar. Na madrugada do dia 22, foi intubada e transferida para o HC, quando sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ela chegou a ser reanimada, mas, com fígado e rins comprometidos, morreu às 16h17 do mesmo dia por dengue, choque hipovolêmico e hepatite aguda.

Por Jornal da Cidade

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