Saúde confirma morte por Leishmaniose Visceral Americana em Bauru

O Departamento de Saúde Coletiva, da Secretaria Municipal de Saúde, confirmou nesta quarta-feira (25/08), o registro da primeira morte por Leishmaniose Visceral Americana (LVA) neste ano em Bauru.

A vítima é um homem, de 44 anos, que teve início de sintomas em 26 de julho. Ele estava internado em um hospital público e faleceu em 13 de agosto.

Além disso, a pasta confirmou outro caso, de um homem, de 34 anos, que teve início de sintomas em 1º de janeiro e fez tratamento em um hospital público da cidade.

Assim, em 2021, até o momento, Bauru registra dois casos autóctones de LVA, com um óbito.

Dados de anos anteriores

2018 – 5 casos novos e 2 óbitos

2019 – 6 casos novos e 2 óbitos

2020 – 6 casos novos e 1 óbito

Leishmaniose Visceral Americana
A Leishmaniose Visceral Americana é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. é transmitida por meio da picada de insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. Estes insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas.

A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

As larvas do mosquito-palha, vetor da leishmaniose, se alimentam de matéria orgânica, como lixo doméstico (restos de comida), frutos apodrecidos, folhas de árvores, vegetais em decomposição e fezes de animais. Os ovos do mosquito-palha são colocados em locais sombreados e úmidos e que tenham fonte de alimentação para as larvas que eclodirão.

O mosquito-palha sai de seu abrigo e apresenta maior atividade nos horários mais frescos do dia, como ao anoitecer e durante a noite. Portanto em áreas endêmicas da leishmaniose, passeios com os cães no final da tarde e à noite devem ser evitados.

Nos cães, os principais sintomas são: emagrecimento, queda de pêlos, crescimento e deformação das unhas, paralisia de membros posteriores, desnutrição, entre outros. Nos humanos, os sintomas são: febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia.

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