Foto: Bruno Freitas/Jornal da Cidade

Paralisados por 24h, servidores de Bauru fazem ato na prefeitura

Em razão da paralisação das atividades por 24 horas, nesta terça-feira (7), funcionários públicos de Bauru realizam um protesto, neste momento, em frente ao Palácio das Cerejeiras, para onde se dirigiram em passeata que saiu da frente da sede do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserm), situada na quadra 14 da rua Saint Martin, no Centro. De acordo com a entidade, mais de 2 mil trabalhadores aderiram à greve, muitos deles da Educação, Saúde e Departamento de Água e Esgoto (DAE).

A paralisação, tirada em assembleia realizada no último dia 2, é uma reação ao impasse em torno do reajuste salarial da categoria. A revisão dos vencimentos chegou a ser enviada pelo governo Suéllen Rosim (PSD) à Câmara no início do ano e prevê a reposição de 4,62% sobre a folha. Mas ainda não foi votada porque a pauta legislativa está travada, problema causado pelo regime de urgência incorporado ao projeto de lei (PL) que autoriza o governo a conceder o sistema de esgoto à iniciativa privada. A categoria quer a imediata retirada do regime de urgência por parte do governo.

O chefe de gabinete, Roger Barude, recebeu os manifestantes e propôs que os trabalhadores formassem uma comissão de dez pessoas para conversar com a chefe do Executivo. Mas o advogado do sindicato José Francisco Martins não concordou com a proposta e a recusou. Mais cedo, ainda em frente à entidade, ele comentou sobre a expectativa de convencer a prefeita a retirar o regime de urgência, frente à forte adesão, de modo que o projeto de lei concedendo o reajuste possa ser votado.

De acordo com José Francisco Martins, a data base dos servidores é em 1 de março. “Começamos a campanha salarial em bem antes, logo no começo de fevereiro. Entregamos uma pauta de reivindicações, cuja negociação se arrastou por muito tempo. A prefeita Suéllen Rosim encaminhou para Câmara um projeto de reajuste salarial de 5% para todos os servidores, incluindo os aposentados, e o vale-compra subindo de R$ 1.100,00 para R$ 1.200,00. Como esse projeto de lei não foi votado em razão do travamento da pauta na Câmara, entramos no período eleitoral”, explica.

Nesta fase, só pode ser concedida a reposição inflacionária do último ano. Por essa razão, o percentual caiu para 4,62%, sendo que o valor do vale-compra aumentará, então, de R$ 1.200,00 para R$ 1.250,00. Mas tudo depende de aprovação pelo Legislativo.

“A categoria não pode ficar esperando esse reajuste. Então, decidiu pela paralisação de 24h, a princípio, mas ficando em assembleia permanente. Pode ser que tenhamos outras deliberações durante o dia”, afirma o advogado, apontando uma possibilidade de a greve ser estendida.

Por Jornal da Cidade

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