Moradores reclamam do acúmulo de resíduos nos Ecopontos de Bauru
A maioria dos Ecopontos de Bauru, neste início do ano, não está dando conta da demanda de descarte de resíduos e as unidades estão ficando abarrotadas. A queixa vem de munícipes que procuram a imprensa para relatar o problema.
Segundo a Prefeitura de Bauru, houve aumento recente de volume descartado da população. A Secretaria do Meio Ambiente (Semma), através do Departamento de Ações e Recursos Ambientais (Dara), informou que as coletas estão sendo feitas pela Emdurb, que em alguns casos tem recebido apoio da Semma. De acordo com a pasta, alguns Ecopontos estão sendo limpos com caminhões da Semma e outros por caminhões da Emdurb. As coletas, porém, não estão sendo suficiente para dar conta de todo o material.
Nesta terça-feira (16), a Secretaria comunicou que está em tratativas com a Emdurb para o cumprimento do contrato junto aos Ecopontos, que reforçará as equipes para apoiar e regularizar a situação o quanto antes, e que o não cumprimento será descontado do contrato com a empresa municipal. “A Semma está trabalhando internamente para um novo modelo de contrato, em parceria com as cooperativas, para que situações semelhantes não se repitam, e tudo se regularize o mais rápido possível”, traz a nota.
A Emdurb segue com o cronograma de abertura de licitação no dia 17 de janeiro para locação de novos caminhões, com o objetivo de aumentar o fluxo de atendimento a todos os Ecopontos da cidade.
Mudança na coleta
As cooperativas de recicláveis de Bauru não podem mais recolher os materiais descartados nos Ecopontos desde 6 de dezembro passado, um dia após uma audiência pública realizada na Câmara Municipal justamente para discutir a situação das organizações de catadores em Bauru.
Na ocasião, Gislaine Magrini, titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), pasta que contratou a Emdurb para gerir os Ecopontos, tomou conhecimento de que a retirada não era realizada pela empresa pública e considerou a prática irregular.
“Não constava em contrato que este era um serviço das cooperativas”, comenta a secretária. Ela informa que, desde então, a Emdurb assumiu a distribuição diária dos materiais, feita de forma proporcional à capacidade de triagem de cada cooperativa e obedecendo, também, critérios de logística (proximidade). “Temos um diálogo próximo com as cooperativas e, todos os dias, cada uma assina um relatório para que possamos nos balizar sobre o que está sendo entregue e o que ela é capaz de receber”, afirmou Magrini.
Gisele Moretti, presidente da Cooperativa Ecologicamente Correta de Materiais Reciclaveis de Bauru (Coopeco), afirmou ao Jornal da Cidade, em dezembro, que “a Emdurb não tem caminhões e mão de obra suficientes, além de não ter expertise sobre como organizar os materiais. E encerra o expediente às 17h, sendo que os Ecopontos funcionam até 19h. Muitos materiais ficam parados nestes locais de um dia para outro, o que favorece invasões”.
Por 96 FM e Jornal da Cidade