Foto: Prefeitura de Bauru

Ministério da Saúde amplia público da vacina tríplice contra difteria, tétano e coqueluche

Diante do aumento de casos de coqueluche na Ásia e Europa, o Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (7) nota técnica que indica, de forma excepcional e temporária, a ampliação e intensificação da aplicação da vacina dTpa tipo adulto, que previne a difteria, tétano e coqueluche, a grupos específicos de trabalhadores da saúde. A Secretaria de Saúde dispõe de doses para atender, de forma imediata, aos seguintes profissionais citados na nota técnica:

  • Profissionais que atuam como doula, acompanhando a gestante durante o período da gravidez, parto e período pós-parto
  • Trabalhadores que atuam em berçários e creches, com atendimento de crianças até 4 anos de idade
  • Trabalhadores da saúde e parteiras convencionais que já fazem parte dos grupos prioritários para receber a vacina tríplice

A pasta salienta que os profissionais da saúde e parteiras convencionais já fazem parte dos grupos prioritários para receber a vacina tríplice adulto. Os profissionais e trabalhadores da saúde interessados em receber a vacina devem procurar uma unidade de saúde do município, munidos com CPF ou cartão do SUS. Não há necessidade de agendamento.

A administração da dose nos profissionais deve considerar o histórico vacinal contra difteria e tétano, ou seja, os profissionais com o esquema vacinal completo devem receber uma dose da vacina, mesmo que a última dose tenha ocorrido há menos de dez anos. Para os que obtiveram menos de três doses, ou seja, esquema vacinal primário incompleto, devem receber uma dose do imunizante e completar o esquema com uma ou duas doses.

Segundo o Ministério da Saúde, o país está em risco de ocorrência de surtos de coqueluche devido as baixas coberturas vacinais desde 2016, com coberturas abaixo de 95%. A principal forma de prevenção da coqueluche é a vacinação, principalmente de crianças menores de 1 ano, com a aplicação de reforços aos 15 meses e aos 4 anos, grupo de maior risco de mortalidade. As gestantes e puérperas e os profissionais da área da saúde constituem um dos grupos prioritários para receber a vacina.

Para as crianças, o esquema vacinal primário é composto de três doses da vacina penta, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo B, administradas aos 2, 4 e 6 meses, com reforços da vacina DTP, contra difteria, tétano e coqueluche, conhecida como tríplice bacteriana. Para as gestantes, como alternativa de imunização passiva de recém-nascidos, recomenda-se uma dose da vacina dTpa tipo adulto a cada gestação, a partir da vigésima semana. No puerpério, a orientação é a administração de uma dose, no máximo, até 45 dias após o parto, se a pessoa não recebeu a vacina quando na fase gestante.

A partir de 2019, o Ministério da Saúde ampliou a administração da vacina aos profissionais da saúde, parteiras tradicionais e estagiários da área da saúde que atuam em UTI ou UCI neonatal convencional e berçários, como complemento do esquema vacinal para difteria e tétano ou como reforço para aqueles que apresentam o esquema vacinal completo para difteria e tétano.

A DOENÇA

A coqueluche, conhecida popularmente como tosse comprida, é uma infecção respiratória, transmissível e causada por uma bactéria. Está presente em todo o mundo, sendo mais comum no clima ameno ou frio. Sua principal característica são crises de tosse seca, podendo atingir traqueia e brônquios. Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da doença e quando não tratada corretamente, pode levar ao óbito.

Os sintomas leves da doença são semelhantes a um resfriado, com mal-estar, coriza, tosse seca e febre baixa e podem durar semanas. No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca passa a ser severa e descontrolada, podendo comprometer a respiração e causar vômito ou cansaço extremo.

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