Maioria de partidos indica neutralidade
Poucos candidatos que disputaram o primeiro turno das eleições e não avançaram devem fechar apoio a Suéllen Rosim (Patriota) ou a Raul Gonçalves Paula (DEM), pelo menos de maneira formal. Vários partidos já indicam que devem manter neutralidade no segundo turno e discutem apenas se vão liberar seus filiados a apoiar, individualmente, um deles.
O terceiro colocado foi o prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSDB), com 14.264 votos. Ele e seu partido já avisam que não devem apoiar nenhum dos candidatos que seguiram. O presidente do PSDB, Arildo Lima Jr., cita que a legenda ainda discute se ficará neutra ou vai liberar os filiados, mas formalmente não deve declarar apoio a ninguém. O prefeito Gazzetta também pretende se manter neutro. O vice-prefeito Toninho Gimenez, presidente municipal do PTB, comenta que o seu partido não formalizará apoio. O PL e o PCdoB também seguirão neutros na eleição.
O quarto colocado foi Jorge Moura (PT), com 9.644 votos. De acordo com o presidente do PT, Cláudio Lago, uma reunião está marcada para esta sexta-feira (20), mas ele adianta que a legenda deve manter neutralidade, pois os dois candidatos estão em partidos que participam do governo do presidente Jair Bolsonaro. A definição será apenas sobre declarar neutralidade ou apoiar eventualmente o voto nulo.
Ainda na esquerda, o PSOL e o PCO não apoiarão nem Suéllen e nem Raul. Renata Ribeiro, que foi a candidata do PSOL, afirma que uma reunião acontecerá entre os membros da legenda até o final da semana, e a indicação será pelo voto nulo. O PCO, que teve Vagner Crusco como candidato, fará o mesmo.
EM CONVERSAS
Outros partidos, contudo, pretendem conversar com os candidatos que seguem na eleição. O presidente municipal do PSD, Júnior Rodrigues, acredita que ainda nesta semana os filiados decidirão se haverá apoio a Suéllen ou a Raul. O partido concorreu a prefeito com o candidato Sandro Bussola. O presidente do Podemos, Bruno Primo, e a presidente do PSC, Gislaine Magrini, que concorreu a vice de Luiz Carlos Valle (Podemos), também pretendem conversar com os dois concorrentes que continuam na disputa antes de definir por um eventual apoio.
O presidente do Pros, Joaquim Oliveira, que foi candidato a prefeito, afirma que até hoje pode definir apoio a Suéllen Rosim. Ele diz que a legenda decidirá ou por apoio a ela, ou pela neutralidade.
O presidente do Republicanos, Edu Avallone, que também concorreu a prefeito, disse não ter iniciado conversas com os dois concorrentes que seguem na disputa pela prefeitura, assim como Gerson Pinheiro, presidente do PDT e que disputou a prefeito, e Nelson Fio (PTC). Outro presidente de partido que foi candidato é Sérgio Alba, do Solidariedade. Ele cita que ainda não conversou sobre apoio com as legendas que permanecem na eleição municipal.
Deputados de Bauru
O deputado federal Capitão Augusto (PL) apoiou Gazzetta no primeiro turno e agora afirma que vai ficar neutro. “Vou manter neutralidade, assim como o partido, e conversarei com aquele que vencer para colaborar no diálogo com o governo federal, como fiz com o Gazzetta neste mandato”, avalia.
Já o deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB) vai aguardar a posição da legenda. “Ainda vamos discutir se haverá apoio ou neutralidade”, comenta. O PSB teve como candidata no primeiro turno Rosana Polatto, em coligação com o PV, outra legenda que ainda não definiu se apoiará alguém no segundo turno.
Por JCNet