‘Janeiro Roxo’: Saúde promove Dia D de detecção da Hanseníase neste sábado
Em alusão a Campanha Janeiro Roxo, a Secretaria de Saúde, em parceria com o Instituto Lauro de Souza Lima, promove no sábado (27), o “Dia D de detecção da hanseníase”.
Os atendimentos ocorrerão das 8h às 12h no Centro de Referência em Moléstias Infecciosas (CRMI), localizado na quadra 1 da Rua Silvério São João, Centro, com o reforço das equipes médicas do Instituto Lauro de Souza Lima. O tratamento será realizado no próprio Instituto. Por isso, as pessoas com sintomas ou sinais da doença devem procurar a unidade para atendimento e triagem.
Também no Dia D, as equipes das Unidades Básicas de Saúde Bela Vista, Geisel e Chapadão realizarão atendimentos de livre demanda para casos suspeitos com médicos do Instituto Lauro de Souza Lima, no período das 8h às 12h. Já nas Unidades de Saúde da Família Godoy, Nova Bauru, Nove de Julho, Pousada da Esperança II, Santa Edwiges, Tibiriçá, Vila Dutra e Vila São Paulo, os profissionais continuarão com a triagem no período normal de atendimento de cada unidade.
A hanseníase é uma doença crônica transmitida através das vias respiratórias por uma pessoa não tratada. É causada por um bacilo, tem evolução lenta e insidiosa, acometendo a pele e os nervos periféricos. Se não tratada precocemente, o estágio avançado da moléstia pode causar danos severos aos nervos, deformidades, incapacidades físicas e amputações, além de transmitir a doença às pessoas mais próximas.
Os principais sinais e sintomas são: áreas da pele com manchas mais claras, avermelhadas ou acastanhadas que não coçam e não doem. Por acometer os nervos, ocorre a diminuição de sensibilidade ao toque, à dor, ao calor e ao frio, dormência, fraqueza muscular, e pode até afetar a visão. Também apresenta sensação de agulhadas e dor no trajeto dos nervos. Com a queda da sensibilidade, o doente pode machucar ou queimar a pele sem perceber a gravidade.
A doença tem cura e o tratamento é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Quando tratada, quebra a cadeia de transmissão, por isso a importância da sua detecção precoce. As pessoas do convívio do paciente também devem passar por avaliação de um especialista. No passado, os doentes eram isolados e segregados, no entanto, o paciente deixa de transmitir a doença com o início do tratamento.
O Brasil é o segundo no mundo, atrás apenas da Índia, em número de casos de hanseníase. O Ministério da Saúde instituiu, em 2016, a Campanha Janeiro Roxo com o objetivo de reforçar a importância da detecção precoce da hanseníase, como também a divulgação de informações para ajudar a população a identificar os sinais e sintomas. Além da sensibilização dos profissionais de saúde para a descoberta de casos e o rastreio das pessoas que convivem com o paciente, os trabalhos da imprensa e mídia são fundamentais para desmistificar a doença e acabar com o preconceito e segregação.