GREVE: Mesmo com liminar, servidores se reúnem e encaminham contraproposta
Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (12), a maioria dos servidores municipais de Bauru em greve decidiu pela manutenção da paralisação, mesmo após uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo determinar ontem (11) o funcionamento das áreas consideradas essenciais durante a greve.
Diante da situação, os trabalhadores tiraram uma contraproposta a ser encaminhada ao Executivo. Ela prevê reajuste salarial, do vale-compras e abono pecuniário de 7,24%, mais abono de R$ 500 para todos os servidores ativos e aposentados, sem teto.
Os servidores voltaram a se reunir nesta quarta-feira na sede do Sinserm, sindicato da categoria, que enviará ofício para a prefeitura ainda hoje e comparecerá à audiência de conciliação agendada pela Justiça para a próxima quinta-feira, 14 de abril.
Determinação do TJSP
O Tribunal de Justiça de São Paulo havia determinado nesta terça-feira (11) que todos os servidores públicos de Bauru lotados nas áreas consideradas essenciais trabalhassem mesmo durante o período de greve. A decisão atinge 100% do funcionalismo das pastas de Saúde, Educação e Assistência Social. Servidores do Departamento de Água e Esgoto (DAE) também estão enquadrados na liminar.
Os serviços considerados não essenciais, como Cultura e Esportes e Lazer, devem respeitar percentual mínimo de 70% do quadro em atividade.
O TJ também estipulou multa diária de R$ 10 mil caso os limites estipulados na decisão não sejam cumpridos. A ação foi ajuizada pela Prefeitura de Bauru no sábado (8).
Segundo o Sinserm, a maioria dos servidores grevistas é oriunda da Secretaria da Educação. Inicialmente, categoria reivindicava 12% de aumento, índice que a prefeitura considera inviável devido ao impacto na Funprev e à impossibilidade de conceder a mesma majoração aos trabalhadores da Emdurb.
A prefeita Suéllen Rosim (PSD) havia oferecido, em reunião realizada nesta terça (11), o reajuste de 6% nos salários e no vale-alimentação retroativo a janeiro de 2023, e não mais março, data-base do dissídio coletivo. Os servidores, no entanto, rejeitaram.
Por nota, a prefeitura informou que 688 funcionários haviam aderido à paralisação, iniciada em 4 de abril. Ainda assim, a expectativa era de que todos os serviços essenciais estivessem em pleno funcionamento a partir desta quarta, o que não aconteceu, apurou a reportagem.
Por JCNET