Gasparini, ex-presidente da Cohab, é condenado a 18 anos de prisão
O juiz Fábio Correia Bonini, da 4ª Vara Criminal de Bauru, condenou o ex-presidente da Companhia de Habitação Popular de Bauru Edison Bastos Gasparini Júnior a 18 anos, seis meses e 13 dias de prisão em regime fechado. A sentença saiu nesta segunda-feira (4) às 19h34. Cabe recurso, e todos os envolvidos poderão recorrer em liberdade.
Além do ex-presidente, o magistrado também condenou o ex-diretor administrativo da companhia Paulo Sérgio Gobbi a 10 anos, sete meses e três dias de prisão em regime fechado. A mesma pena foi imposta à ex-secretária de Gasparini Miriam Navarro.
O magistrado absolveu, porém, o ex-chefe do setor contábil Marcelo Alba e a ex-chefe do departamento financeiro Thayná Maximiano Salcedo sob o argumento de que não há elementos suficientes para condená-los.
Todos são acusados de integrar, direta ou indiretamente, uma organização criminosa que desviou R$ 54 milhões dos cofres da Companhia de Habitação Popular de Bauru. A sentença tem 42 páginas e acolhe parcialmente as alegações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
“A pretensão punitiva deve ser integralmente acolhida, pois ficaram sobejamente comprovadas a autoria e a materialidade dos crimes de peculato que lhe foram imputados”, afirma a sentença.
Gasparini, Gobbi e Miriam Navarro foram condenados pelos crimes de peculato (desvio de recursos públicos) e organização criminosa.
A decisão do juiz Bonini, na prática, reconhece a existência do esquema criminoso que envolvia saques de contas bancárias da Cohab à boca do caixa e o posterior desvio desses recursos.
O mecanismo teria se iniciado em 2006 e perdurado até 2019, quando o Gaeco deflagrou a Operação João de Barro e afastou todos os envolvidos da direção da companhia. Confira os detalhes do esquema na reportagem do Jornal da Cidade.
Por JCNet