Situação do ar-condicionado no PS Central, que também sofre com o calor, assim com várias outras unidades. Foto: Divulgação

Falta de ar-condicionado em unidades de saúde é denunciada ao MP por comissão da Câmara

A falta de climatização adequada aos pacientes e profissionais que são assistidos ou atuam em unidades de saúde e farmácias de Bauru foi denunciada ao Ministério Público (MP) pela Comissão de Meio Ambiente, Higiene, Saúde e Previdência da Câmara Municipal, na última sexta-feira (17).

De acordo com o texto assinado pelo colegiado, cujo presidente é o vereador Junior Lokadora (PP), como as condições estão insalubres e inaceitáveis, os parlamentares reivindicam medidas imediatas de implementação e manutenção de sistemas de ar-condicionado “para proteger um dos direitos fundamentais mais preciosos de todos os cidadãos que é o da dignidade da pessoa humana e a saúde”.

Também integram a comissão os vereadores Marcelo Afonso (Patriota) e Eduardo Borgo (Novo), que subscrevem o documento, segundo o qual há relatos de pacientes que tiveram quedas abruptas de pressão ainda na triagem por conta do calor. A Comissão ainda demonstra preocupação com a integridade de vacinas.

“Apesar das incansáveis cobranças dos vereadores no tocante ao tema aqui exposto, pouca ou nenhuma ação concreta da administração municipal se consolida de maneira a resolver o problema. Até porque sabemos que nos dias atuais, ter uma climatização adequada por meio de aparelho de ar condicionado já não é mais sinônimo de “luxo”, mas de necessidade”, consta da denúncia.

Ela também traz informações divulgadas imprensa de que há ao menos 117 aparelhos de ar condicionado armazenados nos depósitos municipais para instalação nas unidades de saúde, devido à inadequação física e incompatibilidade elétrica em diversos locais. “Isso evidencia um desafortunado episódio de má gestão dos recursos públicos, pois este lamentável cenário revela não apenas um desperdício flagrante do dinheiro público, mas também aponta para a ausência de um planejamento adequado no processo de compra. A incompatibilidade entre a infraestrutura disponível e os aparelhos adquiridos não só compromete a efetividade do investimento, mas gera um ônus financeiro adicional para corrigir a discrepância”, informa o texto.

O problema, inclusive, tem sido denunciado por matérias publicadas pelo JC/JCNET, que acionou a prefeitura. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde informa que a empresa contratada para a manutenção e instalação dos aparelhos de ar-condicionado iniciou os trabalhos na primeira semana de novembro, tendo como prioridade as unidades de urgência e emergência e Pronto-Socorro Central. “Paralelo a isso, técnicos trabalham sobre um cronograma para a instalação dos equipamentos nas unidades da atenção primária e referenciais. A pasta esclarece que todos os aparelhos adquiridos até o momento serão instalados”, finaliza a nota.

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