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F1 renova contrato com São Paulo e GP segue em Interlagos até 2025

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (12/11), que a organização da Fórmula 1 renovou o contrato com a prefeitura de São Paulo para a realização do Grande Prêmio no autódromo de Interlagos até 2025.

“O autódromo internacional de Interlagos foi confirmado como sede do Grande Prêmio de F1 nos próximos cinco anos”, disse o governador, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

“É uma grande vitória para o estado de São Paulo e para o Brasil. Com satisfação e orgulho, é uma grande vitória de São Paulo, é uma vitória do bom senso, equilíbrio, pelo trabalho do Bruno Covas, com apoio do governo do estado. Os entendimentos com a Liberty foram feitas com base em instrumentos corretos, com existência de autódromo aprovado por pilotos e equipes, que há 30 anos é sede. Não fizemos especulações, projeções artificiais, não prometemos investimentos que não podiam ser feitos e agora a Liberty anunciou oficialmente que São Paulo será a sede do GP Brasil de Fórmula 1.”

De acordo com o prefeito da Capital, Bruno Covas, o grande prêmio agora será conhecido como “GP São Paulo”. O contrato de cinco anos, prorrogável por mais cinco anos, será assinado nos próximos dias.

Conforme calendário divulgado pela F1, o GP São Paulo será m 14 de novembro.

O GP Brasil já havia sido incluído no calendário da temporada 2021 divulgado pela Fórmula 1 recentemente, com a corrida em Interlagos, mesmo em meios a incertezas sobre o local da prova.

Promotores tentavam levar o Grande Prêmio para o Rio de Janeiro em um projeto de circuito na região de Deodoro, Em maio de 2019, o Rio de Janeiro apresentou sua proposta para receber a prova por dez anos.

Os promotores que queriam a corrida no Rio e representantes de Interlagos negociavam há meses com a Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da F-1, o direito de continuar recebendo a categoria no Brasil. O GP gera retorno de cerca de R$ 300 milhões por ano à capital paulista.

Rio de Janeiro
A capital do RJ quer, já há alguns anos, construir um novo autódromo para receber a Fórmula 1 no Brasil. No entanto, a área escolhida para construção gerou manifestações e diversas ações judiciais. Para construir o espaço, o governo do Rio queria devastar a Floresta do Camboatá.

No último dia 27, o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA) publicou parecer técnico em que apontou diversos problemas no Estudo de Impacto Ambiental apresentado pela Prefeitura do Rio de Janeiro carioca para justificar a construção de um autódromo na área da Floresta do Camboatá, no bairro de Deodoro, zona oeste da capital fluminense. Dessa forma, ficou bloqueada a concessão da licença ambiental para a obra.

“Há forte indício de que outras alternativas locais apresentadas têm características ecológicas menos complexas e provavelmente com menor biodiversidade … “, diz o parecer técnico.

Além disso, o parecer técnico apontou diferenças entre o que foi apresentado no relatório da Prefeitura e aquilo que foi constatado no próprio terreno. Segundo o INEA, cursos d’água que constam no documento da Prefeitura não foram encontrados na área da Floresta. O órgão também constatou irregularidades no registro profissional de biólogos participantes da elaboração do EIA apresentado pela prefeitura do Rio.

A obra do novo autódromo de Deodoro, na Floresta do Camboatá, é um processo que se arrasta desde 2010, com várias idas e vindas, envolvendo a Prefeitura, o INEA, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Justiça estadual, órgãos do Governo Federal e empresas privadas.

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