Estudo preliminar diz que CoronaVac é eficaz contra casos graves da delta
Ao menos quatro vacinas de vírus inativado – incluindo a CoronaVac – provaram sua eficácia “no mundo real” contra casos graves de Covid-19 causados pela variante delta, segundo um estudo preliminar divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China.
Todos os imunizantes usados no país foram capazes de criar uma proteção de até 77,7% para casos de pneumonia provocadas pelo coronavírus e 100% contra o desenvolvimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e mortes.
O artigo “Effectiveness of Inactivated COVID-19 Vaccines Against COVID-19 Pneumonia and Severe Illness Caused by the B.1.617.2 (Delta) Variant: Evidence from an Outbreak in Guangdong, China” foi publicado como um pré-print e ainda não foi avaliado por outros cientistas.
Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Esses vírus não conseguem nos deixar doentes, mas isso é suficiente para gerar uma resposta imune e criar no nosso organismo uma memória de como nos defender contra uma ameaça.
Surto da variante delta
Para o estudo de efetividade, ou de eficácia “no mundo real”, os pesquisadores analisaram os dados colhidos durante um surto da variante delta na região de Guangdong (no sudeste chinês) entre maio e junho de 2021 que atingiu mais de 10,8 mil pessoas.
Entre os avaliados, cerca de 1,7 mil pacientes receberam as duas doses da vacina – que poderia ser a CoronaVac, as da Sinopharm (que tem dois imunizantes usados no país) ou a da Biokangtai. Ao menos 5 mil não haviam sido vacinados e cerca de 4 mil haviam recebido apenas a primeira dose.
De todos os pacientes infectados pela Covid-19, os mais de 10,7 mil, apenas 102 tiveram pneumonia – mas destes, 85 foram em pessoas não vacinadas (do restante, foram 12 pessoas que receberam apenas a primeira dose da vacina e 5 entre os que foram completamente vacinados).
No entanto, entre os pacientes que desenvolveram SRAG – 19 no total – nenhum havia sido vacinado, nem ao menos com a primeira dose.
Os pesquisadores destacam, no entanto, que as amostras ainda são pequenas e que mais estudos precisam ser feitos para definir a efetividade real das vacinas contra a Covid-19.
Por Redação/G1