Em SP, vacinação contra a Covid-19 começa dia 25 de janeiro
O Governo de São Paulo apresentou nesta segunda-feira (07/12), o plano estadual de vacinação contra a Covid-19. O início da campanha com a CoronaVac está previsto para 25 de janeiro e serão vacinados primeiro profissionais de saúde, pessoas com mais de 60 anos e grupos vulneráveis como indígenas e quilombolas, um público estimado em 9 milhões de pessoas.
O público-alvo selecionado para a primeira etapa também é o com maior índice de letalidade por COVID-19 – 77% das mortes provocadas pelo coronavírus até agora são de pessoas com mais de 60 anos.
“A vacina será gratuita para todos no sistema público de saúde do estado de São Paulo”, afirmou o Governador. “Não estamos virando as costas para o Plano Nacional de Imunizações, mas precisamos ser mais ágeis e, por isso, estamos nos antecipando. Somos todos a favor da vida e de todas as vacinas”, acrescentou Doria.
Serão aplicadas duas doses por pessoa, totalizando 18 milhões de doses. Na primeira fase da campanha, realizada de 25 de janeiro a 28 de março, será feita uma escala por faixa etária para evitar aglomeração, conforme imagem abaixo:

Para realizar a campanha, os postos de vacinação serão ampliados, dos 5.200 existentes no estado para 10 mil, com possível utilização de escolas, quartéis da PM, farmácias, sistema drive-thru e estações de trem e terminais de ônibus. O horário de vacinação será de segunda a sexta-feira das 7h às 22h e aos sábados, domingos e feriados das 7h às 17h, com possibilidade de ampliação até as 22h.
Até o fim de março, o Governo de São Paulo estima que quase 20% dos 46 milhões de habitantes do estado estejam imunizados com duas doses da CoronaVac.
A ação é considerada gigantesca e terá envolvimento de: 54 mil profissionais de saúde, 25 postos estratégicos de armazenamento e distribuição regional, 30 caminhões refrigerados de distribuição diária, 27 milhões de seringas e agulhas (já adquiridas), 5.200 câmaras de refrigeração e 25 mil policiais para escolta das vacinas e segurança dos locais de vacinação.
O investimento total nesta primeira fase da campanha será de R$ 100 milhões, vindo do Fundo do Tesouro do Estado de São Paulo.
Outras 4 milhões de doses serão disponibilizadas para profissionais de saúde de outros estados brasileiros.
‘Turismo da vacina’
Não será necessário comprovar residência para tomar a vacina, inclusive, o governo de SP informou que todos que estiverem no solo paulista serão vacinados.
“Esta vacina é do Butantan, mas ela é do Brasil. Nós não fecharemos a fronteira para os brasileiros de São Paulo apenas. Nós estamos abertos para brasileiros do Brasil”, afirmou o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.
Portanto, o possível “turismo da vacina”, não é uma preocupação. “São Paulo é do Brasil, somos parte do país. Nós não vamos segregar pessoas, segregar brasileiros. Se precisar compraremos mais vacinas”, reforçou o governador.
Estudos
Produzida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a CoronaVac está na terceira fase de teste e o resultado será divulgado até semana que vem. Na sequência, imediatamente, o governo solicitará seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Estudos clínicos já demonstraram que 94,7% dos voluntários não tiveram evento adverso. Dos que apresentaram alguma reação, 99,7% relataram sintomas de baixa gravidade, como dor no local da injeção e dor de cabeça leve. Artigo publicado na revista científica The Lancet apontou que a vacina do Butantan produziu resposta imune em 97% dos participantes dos estudos.
Outros países
Na China, 60 mil pessoas já foram vacinadas com a CoronaVac e a vacinação em massa está em andamento. Na Indonésia, a vacinação está prevista para começar entre dezembro e janeiro; o mesmo está sendo planejado na Turquia.
Por Redação