Centro Cultural recebe a exposição indígena ‘Terenoé – Memória dos Artefatos’

O Centro Cultural ‘Carlos Fernandes de Paiva’ recebe, desde a última semana, a exposição ‘Terenoé – Memória dos Artefatos’, do artista Irineu Nje’a, conhecido pelo empenho e resistência na defesa e propagação da cultura Terena em Bauru e região. A exposição vai ficar aberta ao público no hall do Centro Cultural até o dia 14 de fevereiro, de segunda a sexta-feira das 9h às 16h.

A entrada é gratuita, e uma roda de conversa com o artista está prevista para acontecer nesta segunda-feira (27), às 15h. A exposição valoriza a sabedoria ancestral do Povo Terena, que resiste junto às 305 etnias indígenas ainda existentes no País.

A exposição traz objetos de identidade indígena do Povo Terena, artefatos impregnados de memórias com grande profundidade simbólica, carregados de significados espirituais, culturais e históricos do Povo Terena, em especialmente da Aldeia Kopenoti, maneira encontrada pelo artista Irineu Nje’a em apresentar, através da arte, a cultura e a história de seu Povo de Araribá.

A exposição ‘Terenoé – Memória dos Artefatos’ tem o patrocínio da Lei Paulo Gustavo, por meio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, Governo Federal, Ministério da Cultura, Prefeitura de Bauru e Secretaria de Cultura de Bauru, e é composta por peças em cerâmica, vestimentas de pano e capim, e imagens retratando o habitat antigo e lideranças indígenas da Aldeia Kopenoti.

O artista Irineu Nje’a nasceu na Aldeia Kopenoti, na Terra Indígena Araribá, no município de Avaí, região de Bauru. Formou-se em História, com especialização em Antropologia. Fundou a Araci Cultura Indígena, entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo maior a decolonialidade e o fortalecimento da cultura indígena na cidade de Bauru e Região. Desde 2003, Irineu Nje’a desenvolve atividades dentro da temática indígena.

Ceramista autodidata há mais de dez anos, vem desenvolvendo pesquisas e trabalhos com arte em cerâmica ancestral de seu povo Terena. Atualmente está em contexto urbano, e sua arte em cerâmica tem sido utilizada como veículo propagador de fomento e resistência indígena na cidade de Bauru. Seus trabalhos mais recentes foram ‘Os Itaakás’, na cidade de Braunschweig, da Alemanha e ‘Dilúvio de Chumbos Corpos – Dormente’, na Exposição Visualidade Simultânea – Pinacoteca Municipal de Bauru, na Casa Ponce Paz. Além do público espontâneo, o artista receberá às quartas-feiras o público com deficiência para visita guiada à exposição, com agendamento prévio.

SERVIÇO
Exposição Terenoé – Memória dos Artefatos
Período – Até 14/02, com visitação de segunda a sexta-feira das 9h às 16h
Visita para o público PCD – às quartas-feiras, com agendamento prévio no telefone (14) 99703-6312, com Mariza
Roda de conversa – 27/01, às 15h
Local – Centro Cultural ‘Carlos Fernandes de Paiva’ – Avenida Nações Unidas, 8-9 – Centro
Entrada gratuita
Classificação livre