Foto: JCNet

Caso Claudia: Polícia investigará possível lavagem de dinheiro

A Polícia Civil informou, no início da tarde desta terça-feira (20), que o caso envolvendo o desaparecimento da secretária-executiva da Apae Bauru Claudia Regina Rocha Lobo, já tratado como possível homicídio e ocultação de cadáver, terá uma segunda linha de investigação. A partir de agora, um outro inquérito também vai apurar crime contra ordem financeira e tributária na Apae Bauru.

O trabalho estará sob a responsabilidade do delegado Gláucio Eduardo Stocco, titular do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), informou o diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter) 4, Ricardo de Paula Martines.

O órgão pertence à Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru, assim como a 1.ª Delegacia de Investigações Gerais (1.ª DIG) e da 3.ª Delegacia de Homicídios da Deic, sob o comando do delegado Cledson Luiz do Nascimento, que tenta encontrar o corpo de Claudia, vista pela última vez no dia 6 de agosto.

O principal suspeito por seu sumiço é o presidente afastado da entidade Roberto Franceschetti Filho, 36 anos, preso temporariamente desde a semana passada. Ontem, em depoimento, ele alegou que é inocente e disse à imprensa: “eu preciso de ajuda”.

A declaração de Franceschetti Filho foi proferida no momento em que ele deixou a Deic com destino à Cadeia Pública de Pirajuí, após ser interrogado por cerca de uma hora e meia por Cledson Luiz do Nascimento. Para justificar o pedido de ajuda, o presidente afastado citou “tudo o que fiz pela Apae e por Bauru”, sem dar detalhes.

Ele ainda não havia sido ouvido oficialmente porque seus advogados aguardavam acesso ao inquérito, que foi liberado pelo Fórum no final da manhã desta segunda. O pedido, por sua vez, fora formalizado na última sexta (16).

O advogado Leandro Chab Pistelli, que defende Franceschetti Filho, informou que o seu cliente afirma ser inocente e respondeu a todas as perguntas da autoridade policial. “Contudo, até que seja retirado o sigilo, não posso dar maiores detalhes”, declarou. Pistelli disse que analisa os autos para verificar a possibilidade de impetrar habeas corpus (HC).

Investigações seguem sendo feitas com intuito de direcionar as buscas pelo corpo de Claudia. Nascimento já teve acesso ao resultado de exames periciais realizados pelo Instituto de Criminalística (IC) de Bauru, que devem ser divulgados na tarde desta terça-feira (20). Inclusive do confronto balístico, para averiguar se a cápsula encontrada no carro em que Claudia foi vista pela última vez é compatível com a arma registrada em nome de Franceschetti Filho.

Por Jornal da Cidade

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