Foto: Governo de SP

Canil da Polícia Militar comemora 73 anos

Desde os primórdios da sociedade, o cão é considerado o melhor amigo do homem. Mas ele também é um grande aliado da Polícia Militar de São Paulo no combate à criminalidade. Graças ao olfato apurado, ele está presente nas mais diversas ocorrências, ajudando a localizar todo tipo de material, por mais pequeno que seja, desde uma pequena fração de droga a uma pessoa desaparecida.

É neste contexto que o 5º BPChq, conhecido como Canil da PM, vem atuando ao longo de seus 73 anos.

O 5º Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) – Canil, que conta com cerca de 56 cães, é pioneiro no uso dos cães como policiais. Além dele, existem 28 canis setoriais que respondem à sede, com cerca de 280 cachorros espalhados pelo estado. Eles auxiliam no combate ao tráfico de drogas, na localização dos explosivos, varreduras, acompanhamento de autoridades, além da busca e localização de pessoas desaparecidas.

Produtividade canina
Até julho deste ano, os cães já realizaram 314 varreduras, que resultaram na prisão de 22 pessoas, na apreensão de R$ 22 mil e na localização de mais de duas toneladas de drogas e de 38 explosivos. Essa produtividade é possível graças a sessões de treinamento que são iniciadas desde que são filhotes. Lá, os cães adquirem novos comportamentos e habilidades por meio de testes sensoriais.

Aos poucos, os odores de substâncias que os cães vão ter que localizar no futuro são apresentados a eles. Dessa forma, os animais aprendem a sentir os cheiros e a segui-los pelas impressões deixadas no vento.

“O cão é direcionado para o trabalho desde o nascimento. No nosso centro de reprodução nós temos a ninhada, onde os melhores são selecionados e expostos a novos ambientes durante o treinamento, para que ele cresça familiarizado com a rotina. Eles precisam ser corajosos e ter uma boa adaptação para serem aptos ao trabalho”, explicou o tenente coronel Joel Marcos Luna, comandante do 5º BPChq.

Os animais passam por um treinamento intenso, que dura de 12 a 18 meses. Aos dois anos de idade, são avaliados pelo gabinete de treinamento para saber se já são considerados aptos a desempenharem as funções.

Olfato poderoso
De acordo com o capitão Sírio, comandante da 2ª Companhia Canil, o olfato do cão chega a ser cerca de mil vezes mais potente do que o de um ser humano. “A quantidade de células e neurônios olfativos do cão gira em torno de 200 a 350 milhões, diferente do ser humano, que é cerca de 5 milhões. Além disso, a nossa membrana olfativa é muito menor do que a do animal”, explicou o capitão.

Um dos maiores marcos da unidade é uma ocorrência que aconteceu em 17 de abril de 1956, quando o cão Dick e o soldado José Muniz de Souza realizaram um salvamento que mudaria a vida de uma família. Um menino chamado Eduardo foi sequestrado e, através do cheiro de seu travesseiro, a equipe conseguiu encontrá-lo. A criança foi localizada abandonada em uma área de mata graças ao trabalho ágil da dupla.

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