Brasil é alvo de golpe que rouba dados de cartão de crédito, diz relatório
O Brasil é o terceiro país que mais sofre com ataques de formjacking, técnica usada para roubar dados de cartão de crédito de consumidores online. É o que revela um relatório publicado na última semana pela Symantec, empresa especializada em segurança online. No artigo, a companhia lista as principais tendências em ciberameaças para 2020, além de analisar golpes e ataques virtuais feitos no primeiro trimestre do ano. Um dos destaques do relatório é o disparo de e-mails maliciosos relacionados ao novo coronavírus. A seguir, veja cinco fatos sobre golpes e segurança online em 2020.
- Brasil é o terceiro país em ataques de formjacking. Os ataques de formjacking, técnica usada para capturar dados bancários de clientes de e-commerce na etapa de check-out, estão crescendo em todo o mundo, especialmente no Brasil. De acordo com relatório da Symantec, o país é o terceiro no ranking dos que mais sofrem com tentativas dessa modalidade de golpe.
Dados da empresa de cibersegurança mostram que o número de ataques de formjacking subiu de 7.633, no último trimestre de 2019, para 7.836, de janeiro a março de 2020. A razão do crescimento, defende a Symantec, está na lucratividade da tática criminosa, que é bastante simples. Isso porque não é preciso inserir códigos maliciosos em todo o site, apenas nos formulários de pagamento.
- Coronavírus vem sendo usado como isca para golpes. Criminosos têm usado o interesse por informações a respeito do novo coronavírus para aplicar golpes online. Em fevereiro, a Symantec bloqueou cerca de cinco mil e-mails maliciosos com os assuntos “coronavírus”, “corona” e “Covid-19”. Os dados da empresa mostram que o volume de ataques acompanhou o avanço da pandemia: em março, o número de e-mails fraudulentos saltou para 82 mil – um aumento de 1542%.
- Ameaças a e-mails corporativos são as que mais dão prejuízos financeiros. Ataques a e-mails corporativos são o crime cibernético mais perigoso e eficaz, revelou um relatório do FBI divulgado em fevereiro. Segundo o documento, a tática rendeu mais de US$ 1,77 bilhão aos criminosos só no ano passado (o equivalente a mais de R$ 9,28 bilhões em conversão direta, segundo a cotação atual). De janeiro a março 2020, a Symantec detectou 30.758 ataques direcionados a empresas. O número é menor se comparado aos dados do último trimestre de 2019, quando foram registradas 41.789 tentativas de golpe, mas permanece bastante expressivo.
- Ataques de phishing voltam a crescer. Após um declínio acentuado em 2019, os ataques de phishing aumentaram significativamente no primeiro trimestre de 2020, respondendo por 1 em cada 4.200 e-mails. A Symantec acredita que a oferta de kits de phishing mais sofisticados nos mercados da deep web esteja despertando um interesse renovado por essa modalidade de golpe. Parte do aumento também pode ser explicado pelo envio de mensagens maliciosas relacionadas à Covid-19.
- Ataques a dispositivos inteligentes estão em ascensão. Dispositivos com Internet das Coisas (IoT) estão na mira de cibercriminosos, revela o relatório da Symantec. Prova disso é que os honeypots (ferramentas que simulam falhas de segurança para atrair invasores e colher informações sobre eles) IoT da empresa sofreram 13% mais ataques no primeiro trimestre de 2020 em comparação ao quarto trimestre do ano passado.
Por outro lado, o número de endereços IP exclusivos que executam ataques de IoT diminuiu 14% no mesmo período. O dado indica que, embora as botnets possam ser mais agressivas na execução dos ataques, seu tamanho relativo diminuiu. A maior parte dos ataques teve origem em endereços localizados nos Estados Unidos (23%), seguidos de China (19%) e Taiwan (13%). O Brasil (6%) aparece na sétima posição do ranking, atrás de Vietnam (12%), Coréia do Sul (8%) e Rússia (7%).
Via TechTudo