Bauru: Servidores da Educação aprovam estado de greve

Em assembleia virtual realizada na noite desta quinta-feira (18/02), os servidores da Secretaria de Educação decidiram, por unanimidade, aprovar o estado de greve, que que poderá ser declarada, de acordo com eles, caso retorno às aulas presenciais sem segurança seja mantido pela prefeitura.

“Mais uma vez (os servidores) reforçaram sua posição em prol da vida e da segurança de todos os envolvidos na rotina escolar. Por unanimidade, ficou decidido pelo estado de greve, que poderá ser declarada caso a decisão irresponsável de retorno às aulas presenciais, sem vacinação ou a garantia de um ambiente verdadeiramente seguro para todos, seja mantida pelo Governo Municipal”, afirma nota divulgada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm).

O Sindicato destaca que a greve, chamada de greve sanitária, será apenas em relação à presença física dos servidores nas escolas. As aulas e demais atividades continuarão a ser realizadas remotamente, como vem acontecendo desde o ano passado.

Para os servidores, o momento deve ser de extremo cuidado, devido aos números de casos e ocupação de leitos na cidade. Além disso, o Sindicato afirma que as manutenções e vistorias realizadas pela Prefeitura não são suficientes para prevenir a Covid-19.

“A falácia de que “escolas foram vistoriadas e medidas de segurança adotadas” cai por terra com simples visitas aos locais. Trocar lâmpadas e fazer manutenções básicas não previne contaminação por COVID-19. Sequer EPI’s básicos como máscaras e álcool em gel existem em número suficiente para profissionais das escolas e alunos. Uma vistoria de rotina é completamente diferente de uma vistoria técnica voltada a auferir a segurança da comunidade escolar em um momento pandêmico”, destaca o Sinserm.

Por fim, o Sindicato explica que a posição dos servidores é em defesa de toda a sociedade e que “os alunos continuarão sendo tratados com todo cuidado e dedicação através do ensino remoto e serão recebidos de braços abertos por professores e funcionários das escolas quando tudo voltar a ser seguro. Até lá, vidas valem mais do que irresponsabilidades negacionistas e ideológicas de políticos de passagem.”

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