Foto: jcomp/Freepik

Bauru registra casos de chikungunya

A Secretaria Municipal de Saúde, através do Departamento de Saúde Coletiva (DSC), divulgou nesta sexta-feira (06/05), que recebeu a confirmação de dois casos autóctones (contraídos aqui mesmo no município) de chikungunya em Bauru, os primeiros neste ano.

Em anos anteriores, foram registrados quatro casos autóctones de chikungunya, sendo o primeiro caso confirmado em 2018 e os outros três em 2019.

A chikungunya é uma doença causada por um vírus chamado CHIKV, e apresenta como vetor os mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti nos ambientes urbanos – mesmo transmissor da dengue, e o Aedes albopictus no meio rural.

Além disso, a patologia também pode ser chamada de febre chikungunya e uma vez que a pessoa é picada por um mosquito infectado com o vírus, ela pode levar de 4 a 7 dias para desenvolver os sintomas da doença. Uma vez que a pessoa teve chikungunya, ela não apresentará novamente a doença em sua vida, porque terá desenvolvido resistência ao vírus.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
A febre chikungunya e a dengue, além de serem transmitidas pelo mesmo vetor, apresentam alguns sintomas em comum, que causam confusão na hora de realizar o diagnóstico, entre eles febre, mal-estar, vômito e diarreia, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da chikungunya está no seu acometimento das articulações, pois o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.

Destaca-se que a doença pode evoluir em três fases. A primeira, febril ou aguda, tem duração de 5 a 14 dias. A segunda fase, chamada de pós-aguda, tem um curso de até três meses, e se os sintomas persistirem por um período maior, considera-se instalada a terceira fase, a crônica. Apesar do diagnóstico da doença poder ser feito analisando apenas os sintomas, a confirmação de cada caso deve ser realizada por meio de exame de sangue específico.

TRATAMENTO
Em caso de suspeita de chikungunya, o usuário deve procurar qualquer unidade de saúde do município para atendimento. O tratamento é realizado com a administração de analgésicos e antitérmicos, além de hidratação constante. Em alguns casos, há necessidade de introduzir medicamentos anti-inflamatórios e até fisioterapia. Não há vacinas disponíveis para a doença, sendo importante, portanto, sua prevenção, que e á mesma das demais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

PREVENÇÃO
Para se evitar doenças como a dengue, a zika, a chikungunya e a febre amarela, devem ser eliminados os focos de acúmulo de água, locais propícios para a procriação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante tirar a água de latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Em Bauru, os agentes de controle de endemias estão atuando em diversas regiões do município, realizando os serviços de orientação com os moradores, recolhimento de materiais que possam acumular água, eliminação de criadouros e nebulização. Além disso, a Prefeitura de Bauru ressalta que a colaboração dos moradores para manter a limpeza de espaços públicos e privados é essencial.

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