Atropelamentos seguem em queda em SP
Novos dados do Infosiga SP divulgados pelo Respeito à Vida, programa do Governo de São Paulo gerenciado pelo Detran, mostram que as fatalidades envolvendo pedestres seguem em queda significativa.
Em setembro, foram registrados 85 óbitos causados por atropelamentos, o menor número mensal desde 2015, o que representa uma redução de 35,1% na comparação com o mesmo período de 2019. De janeiro a setembro, a queda acumulada é de 20,8% (843 vítimas fatais em 2020 contra 1.064 no ano passado).
O Infosiga SP também registrou, em setembro, queda de 1,9% no índice geral de fatalidades no trânsito no Estado em todos os modais (461 óbitos contra 470 em 2019). No ano, são 3.644 óbitos entre janeiro e setembro contra 4.028 nos primeiros nove meses de 2019 (-9,5%). Acidentes com vítimas também apresentam redução de 3,1% em setembro (14,3 mil ocorrências contra 14,8 mil em 2019) e de 14,3% no acumulado do ano (103,4 mil x 120,7 mil).
“São 221 vidas salvas deste grupo em nove meses. Apesar desta boa notícia trazida pelo Infosiga SP, reforçamos a mensagem de que é preciso respeitar sempre as regras e proteger os que estão mais expostos no trânsito”, diz o diretor-presidente do Detran-SP, Ernesto Mascellani Neto.
Atropelamentos
Segundo o Infosiga SP, atropelamentos são a segunda causa de fatalidades de trânsito no Estado. Entre janeiro e setembro deste ano, esse tipo de acidente representou 23,8% das ocorrências fatais, atrás das colisões entre veículos (37,4%) e à frente dos choques contra objetos fixos (18,5%).
Os automóveis estão envolvidos em 42,3% dos acidentes fatais para pedestres, seguidos pelas motocicletas (19%), caminhões (12,1%) e ônibus (6,9%). A maior parte dos acidentes são registrados em vias urbanas (51,1%), contra 41,5% em rodovias. Em 7,4% dos casos não foi possível identificar com precisão o local do acidente.
O período noturno, entre 18h e 06h, concentra 57,6% das fatalidades dos atropelamentos, e os finais de semana registram 40,4% desse tipo de acidente. O Infosiga SP também mostra que 78,4% das vítimas pedestres são do sexo masculino e 56,2% falecem nos hospitais.
Regiões com mais atropelamentos
Ao analisar os índices por região administrativa, os dados do Governo do Estado mostram que a região metropolitana da Capital abriga 46,1% das fatalidades de pedestres. No entanto, está abaixo do índice de 1,9 óbitos a cada 100 mil habitantes do Estado.
As regiões de Registro (4,7 óbitos por 100 mil habitantes), Sorocaba (2,8), Barretos (2,8) e Baixada Santista (2,5) lideram nesse quesito. A região de Presidente Prudente tem o menor índice de atropelamentos do Estado (0,5).
Demais modais
Motociclistas lideram as estatísticas com 188 óbitos, aumento de 12,6% na comparação com o ano passado (167 mortes). Ocupantes de automóvel estão em segundo lugar com 120 ocorrências e redução de 9,1% (132 fatalidades em 2019), enquanto houve aumento nas ocorrências entre ciclistas (32 casos contra 18 no ano passado). No mês, caiu o número de acidentes fatais em vias municipais (-1,4%) e nas rodovias (-9,3%). Houve redução de mortes em 8 das 16 regiões administrativas do Estado, com destaque para as regiões Central (-44%) e de São José do Rio Preto (-39%).