Anvisa libera compra de 6 milhões de doses da CoronaVac

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou nesta sexta-feira (23/10), a importação de 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina chinesa que deverá ser produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

Mais cedo, também nesta sexta-feira, o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que o cronograma estipulado pelo governo de São Paulo para a produção da CoronaVac estaria mantido, independentemente de um suposto atraso da Anvisa em liberar a importação de matéria-prima da China.

No mesmo dia, a agência negou o entrave e liberou a compra das doses, mas a questão da importação da matéria-prima ainda não foi esclarecida.

“No momento o que nos importa é a matéria-prima exatamente porque a fábrica, nossa linha de produção, está nesse momento parada aguardando a chegada dessa matéria prima”, disse Dimas Covas, em entrevista ao Jornal Nacional nesta quinta-feira (23).

No total, o governo de São Paulo fechou contrato com a Sinovac para a aquisição das 46 milhões de doses da CoronaVac. Essas primeiras 6 milhões de doses virão prontas da China e as outras 40 milhões serão envasadas e rotuladas no Instituto Butantan.

A CoronaVac está na terceira fase de testes entre profissionais de saúde brasileiros. Para que ela seja liberada para uso na população, sua eficiência ainda precisa ser comprovada.

Mais centros de pesquisa
O governo de São Paulo também anunciou nesta sexta-feira (23/10) a criação de seis novos centros para a realização de testes da CoronaVac em voluntários. Com isso, o total de locais em que a pesquisa é realizada no país aumenta para 22.

A CoronaVac está na terceira fase de testes entre profissionais de saúde brasileiros. Até agora, 15 mil vacinações foram aplicadas em nove mil voluntários. Cada voluntário recebe duas doses. Com a abertura dos novos centros, a meta é ampliar a pesquisa para o total de 13 mil voluntários.

Nessa fase final da pesquisa, metade dos participantes é inoculada com a vacina e a outra metade recebe placebo. Para determinar a eficácia da CoronaVac, é preciso que ao menos 61 participantes sejam contaminados pelo coronavírus.

Se o imunizante atingir os índices necessários de eficácia e segurança, poderá ser submetido à avaliação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para registro e posterior uso na população.

Para agilizar o processo de análise de potenciais imunizantes contra o coronavírus, A Anvisa reduziu a exigência da documentação inicial e simplificou o processo de registro para que os dados dos estudos sejam enviados durante os trabalhos, e não somente ao final.

Até momento, apenas dados parciais referentes à segurança da vacina foram apresentados pelo governo de São Paulo, mas eles não foram enviados ao órgão ou publicados em revistas científicas.

Por Redação/G1

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