Prefeitura de Bauru anuncia medidas emergenciais para enfrentar crise hídrica nas regiões abastecidas pelo Rio Batalha
A Prefeitura de Bauru definiu na noite desta quarta-feira (1) um pacote de medidas emergenciais de aproximadamente R$ 20 milhões para minimizar os impactos imediatos e acelerar soluções eficazes por causa dos problemas no abastecimento de água nas regiões que dependem da captação do Rio Batalha, principalmente das partes mais altas. Bauru enfrenta uma crise hídrica por conta da estiagem severa, com cerca de 100 dias sem chuvas significativas, o que reduziu drasticamente o nível do manancial.
Entre as ações estão a entrega de caixas d’água para moradores afetados, ampliação dos pontos de retirada de galões de água gratuita, reforço da frota de caminhões-pipa e a autorização, em caráter emergencial, para a construção de dois reservatórios e adutoras. “Não podemos depender só do Rio Batalha para ter água nas torneiras. Estamos trabalhando incansavelmente para ajudar a população” , afirma a prefeita Suéllen Rosim.
A decisão vem junto com o decreto de situação de emergência publicado nesta quarta-feira por conta dos inúmeros incêndios e da escassez no fornecimento de água pelo sistema Batalha, através da Estação de Tratamento de Água (ETA).
Como o Departamento de Água e Esgoto (DAE) ainda aguarda a liberação de um financiamento de R$ 40 milhões para investimentos no setor, a Prefeitura de Bauru antecipa esse processo. “Assumimos esse investimento diretamente. E o compromisso é resolver o problema de forma definitiva”, cita.
As obras devem começar nos próximos dias com o objetivo de evitar rodízio no abastecimento a partir do ano que vem. “É um desafio enorme, mas estou trabalhando para que Bauru tenha segurança hídrica e nunca mais sofra com falta d’água. Sei o quanto é difícil para a população e, por isso, não tenho medo de assumir essa responsabilidade”, completa a prefeita.
O problema no abastecimento de Bauru não é recente. Reportagens de 2004 já registravam dificuldades semelhantes. No começo da primeira gestão da prefeita Suéllen Rosim, cerca de 140 mil pessoas dependiam do Rio Batalha. E esse número vem caindo a cada ano de governo. Atualmente, são cerca de 98 mil. E a meta é reduzir a dependência para apenas 12% da população, com a perfuração de cinco novos poços, dois reservatórios adicionais, 14 quilômetros de adutoras e a continuidade do desassoreamento da lagoa de captação do Rio Batalha.
Para a prefeita de Bauru, o trabalho envolve uma grande força-tarefa. “Estamos fazendo o que nunca foi feito: atacar o problema de frente para que não se repita”, finaliza.